Donos de agência de turismo no RS são indiciados por estelionato


Investigação iniciou após clientes denunciarem agência alegando que pagaram por pacotes de viagens, porém não receberam o serviço. Pelo menos 50 pessoas enfrentam problemas com agência de viagens de Viamão
Os donos de uma agência de turismo de Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre, foram indiciados pela Polícia Civil por estelionato e crime contra as relações de consumo. Segundo a polícia, Luana Rocha Gomes e Diego Ferreira Souza eram investigados por suspeita de golpes contra clientes, que compravam pacotes de viagens, porém não recebiam o serviço.
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Os empresários responsáveis pela Orange Travel foram presos no início de janeiro. Conforme a Polícia, Diego Ferreira segue preso preventivamente, e a proprietária Luciana Rocha está em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica desde a última sexta-feira (14).
O g1 tentou contato com a defesa dos indiciados. A defesa de Diego Ferreira afirma que, por enquanto, não irá se manifestar, pois recebeu o inquérito há pouco tempo.
A defesa de Luana afirma que prepara uma nota, que será divulgada nas próximas horas. O g1 deixa o espaço aberto para manifestações
De acordo com a delegada Jeiselaure de Souza, a primeira fase da investigação indiciou a dupla por danos a 96 vítimas, que tiveram prejuízo de quase R$ 400 mil. A investigação segue, tendo em vista que a empresa teria lesado centenas de pessoas no Brasil e no exterior.
Segundo a polícia, há uma estimativa inicial de mais de 500 ocorrências policiais registradas, e um prejuízo superior a R$ 2 milhões.
Donos de agência de turismo são presos por suspeita de estelionato em Viamão
Reprodução/RBS TV
Relembre o caso
Clientes de uma agência de turismo em Viamão passaram a se organizar em grupos de conversa por aplicativo de celular e a procurar a policia e o Procon relatando que pacotes de viagens eram cancelados sem qualquer perspectiva de reembolso.
A 1ª Delegacia de Polícia de Viamão iniciou a investigação sob a suspeita de estelionato por parte da agência. A investigação começou após uma onda de denúncias e relatos de vítimas que começaram a comparar suas experiências.
Publicação da agência de viagens Orange Travel
Reprodução/ RBS TV
Histórico da agência e primeiras denúncias
No meio do ano passado, quando chegaram as primeiras denúncias, a proprietária da agência de viagens teria alegado dificuldades financeiras causadas pela pandemia, justificando o cancelamento dos pacotes e o atraso nos reembolsos.
Na época, a delegada Jeiselaure havia acreditado que não tinha intenção de lesar os clientes, já que a proprietária apresentou documentos que mostravam sua tentativa de ressarcir os prejudicados. A promessa de indenização era de que os reembolsos seriam feitos até julho de 2025.
“Naquele primeiro momento da investigação, não restou comprovado que esta proprietária da empresa queria lesar as vítimas e auferia alguma vantagem patrimonial com isso”, explica a delegada.
No entanto, com o surgimento de novas denúncias, as autoridades começaram a questionar a versão apresentada pela empresária. Relatos mais detalhados indicam que, após o pagamento de pacotes via PIX, os clientes teriam visto suas viagens serem canceladas em questão de horas, sem qualquer justificativa plausível ou aviso prévio.
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