A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) classificou como incompleta a retratação do CEO global do Carrefour, enviada ao ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Para a entidade, as desculpas apresentadas não foram suficientes para reparar os danos à imagem do agronegócio brasileiro, reconhecido internacionalmente pela qualidade e sustentabilidade de sua produção.
A polêmica foi gerada após a decisão do Carrefour de restringir compras de carne da América do Sul, incluindo o Brasil, sob a justificativa de preocupações ambientais.
A Abrasel considerou a medida injustificada e afirmou que a decisão transmite uma mensagem equivocada sobre a integridade de uma cadeia produtiva essencial para a economia e a segurança alimentar global.
“A decisão do Carrefour e as declarações de seu CEO global desrespeitam a qualidade e o compromisso do agronegócio brasileiro com a sustentabilidade. Não podemos aceitar que narrativas distorcidas prejudiquem um setor que sustenta milhões de famílias no Brasil e é referência mundial. A suspensão das compras do Brasil tem impacto quantitativo irrisório, mas mostra o quão demagógico foi o afago do CEO aos agricultores franceses”, declarou Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.
A Abrasel também endossou a crítica feita pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que classificou a retratação do Carrefour como “muito fraca”. Segundo Solmucci, é necessário que o governo e as instituições brasileiras adotem uma resposta mais firme diante da situação.
“Concordamos com a posição do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que classificou a retratação como ‘muito fraca’ e destacou a necessidade de uma reação mais contundente por parte do governo e das instituições brasileiras. Ressaltamos que, enquanto o Carrefour adota essa postura questionável, o mercado brasileiro segue amplamente abastecido por redes de atacado e varejo que valorizam e confiam na excelência da produção nacional”, completou o presidente da Abrasel.
O agronegócio brasileiro é responsável por movimentar bilhões de reais na economia, gerar empregos e atender à crescente demanda por alimentos em diversos mercados internacionais. A Abrasel destacou que medidas como a do Carrefour podem impactar negativamente a percepção global do setor, prejudicando sua competitividade e sustentabilidade no longo prazo.
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