Acompanhados pelos vizinhos, o grupo levou cartazes para pedir por Justiça e cobrar uma atitude da empresa responsável pela placa. Até o momento, a empresa não se manifestou sobre o ocorrido. Família e vizinhos de bebê morto eletrocutado em placa de iluminação fazem protesto, em Teresina
Pedro Lima/ g1 Piauí
Os familiares do menino Arthur Luís Alves do Nascimento, de 2 anos, que morreu eletrocutado na noite de terça-feira (26) ao tocar em um fio elétrico de uma placa de iluminação, se reuniram diante do local da tragédia em um protesto na tarde desta terça-feira (27).
Acompanhados pelos vizinhos, o grupo levou cartazes para pedir por Justiça e cobrar uma atitude da empresa responsável pela placa, por volta das 17h30.
“Nós queremos justiça. A empresa não entrou em contato com a gente, não prestou nenhum tipo de solidariedade com a família. Porque não temos condições financeiras né. Fomos ajudados pela população para custear o velório da criança”, contou Monalisa Alves, tia de Arthur.
Monalisa Alves, tia de Arthur – Família e vizinhos de bebê morto eletrocutado em placa de iluminação fazem protesto, em Teresina
Pedro Lima/ g1 Piauí
Durante o protesto, estavam na empresa apenas alguns funcionários do setor de telemarketing. O estabelecimento não se manifestou sobre o caso.
Arthur foi sepultado horas antes do protesto, no cemitério Santa Cruz. O ursinho de pelúcia favorito do menino foi colocado dentro do caixão, para ser enterrado junto com ele.
Local do crime foi violado, diz delegado
Menino de 2 anos morre eletrocutado em Teresina
Arquivo pessoal
Na manhã desta terça-feira (27), a placa de iluminação e os fios que causaram o choque que matou o menino Arthur foram retirados.
Segundo o delegado Odilo Sena, titular da Central de Flagrantes de Teresina, a atitude foi uma violação da cena do crime.
“Seria interessante analisar o poste, onde estava vazando energia, e isso não dá mais para fazer porque foi violado o lugar, foi cortada a fiação e isolado o local. A perícia foi maculada”, comentou o delegado Odilo.
A família registrou boletim de ocorrência e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Menino de dois anos morre eletrocutado em placa de iluminação na Zona Sul de Teresina
Arthur Luís Alves do Nascimento, de 2 anos, morreu eletrocutado na noite de terça-feira (26) ao tocar em um fio elétrico de uma placa de iluminação no bairro Promorar, Zona Sul de Teresina.
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O caso aconteceu na rua Pindaré, diante de uma empresa distribuidora de gás de cozinha. A placa de iluminação do local estava eletrificada e o menino, que brincava na calçada com outras crianças, tocou no objeto e foi eletrocutado.
Arthur mora em Demerval Lobão, com os pais e um irmão de 12 anos, mas estava em Teresina para exames de saúde e ficou hospedado na casa da avó, ao lado de onde ocorreu o acidente.
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A mãe de Arthur testemunhou o acidente e disse que pediu socorro à distribuidora de gás, mas não foi atendida. A empresa está funcionando normalmente na manhã desta quarta-feira (27). A TV Clube tentou falar com o gerente, mas funcionários disseram que ele não estava no local.
“Não socorreram meu bebê e ainda ficam trabalhando normalmente, vendendo gás. Quero justiça pelo meu filho, o irmão dele está em prantos”, lamentou a mãe.
A família registrou boletim de ocorrência e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil. A criança chegou a ser socorrida e levada à UPA do bairro Promorar, mas sofreu oito paradas cardíacas e morreu na unidade de saúde.
O velório de Arthur acontece na manhã desta quarta-feira (27) na casa do avô do menino, no Promorar. O enterro está marcado para as 17h no Cemitério Santa Cruz, na Zona Sul da capital.
Local do acidente foi alterado, diz delegado
Menino de dois anos morre eletrocutado em placa de iluminação na Zona Sul de Teresina
Eric Souza/g1
O boletim de ocorrência foi registrado pela família na Delegacia de Segurança e Proteção do Menor (DSPM), em Teresina. A 4ª Delegacia Seccional vai investigar se houve homicídio culposo – quando não há intenção de matar.
Segundo o delegado Odilo Sena, a perícia não pôde ser feita no local porque a cena foi alterada, aparentemente por funcionários da distribuidora de gás, que retiraram os fios elétricos da placa.
“Tem a questão do homicídio culposo (quando não há intenção de matar), que vai ser verificada pela delegacia metropolitana da área, e tem também a violação do local, que é um crime. Ou seja, funcionários da empresa teriam modificado a cena onde aconteceu essa tragédia”, apontou o delegado.
Ainda conforme o delegado, Arthur sofreu a descarga elétrica quando sentou sobre o fio. Ele caiu logo depois de ser eletrocutado, o que impediu que o irmão de 12 anos, que estava ao lado dele, também fosse atingido pela descarga.
“Após o enterro, os pais e o responsável da empresa vão ser ouvidos, inclusive os responsáveis por ter violado o local de crime”, completou Odilo Sena.
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