MP vê descumprimento em lei de internação involuntária e cobra Prefeitura de Florianópolis

O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) recomendou à Prefeitura de Florianópolis que faça uma reestruturação da lei “sobre internação humanizada”, do dia 1º de março de 2024.

Internação involuntária, neste momento, não acontece em Florianópolis

Internação involuntária de pessoas em situação de rua começa com a abordagem com equipe multidisciplinar em Florianópolis; para o MP essa dinâmica ainda não aconteceu, na Capital – Foto: Leo Munhoz/Arquivo/ND

No entendimento do órgão, o município não conseguiu cumprir com ritos básicos da legislação como, por exemplo, informar Defensoria Pública e o próprio Ministério Público acerca de cada uma das internações.

Outro ponto destacado pela 30ª Promotoria de Justiça da Capital, em documento assinado na quarta-feira (20), revela que o município não está conseguindo formar o ciclo completo de recuperação e ressocialização, igualmente previstos em lei.

Diante deste cenário, o despacho ainda pede “a nominata das pessoas que se sujeitaram à aplicação da medida”, bem como “locais onde foram encaminhadas e se lá ainda permanecem”, desde que a lei entrou em vigor.

A recomendação dá um prazo de 60 dias para as informações solicitadas.

A Prefeitura, a partir do recebimento, tem cinco dias para confirmar o recebimento e dizer se acata, ou não, as recomendações do MP.

Em contato com a Prefeitura de Florianópolis, até o fechamento da edição desta sexta-feira, não havia a confirmação do número de internações involuntárias até a presente data.

Prefeito Topázio Neto e a internação involuntária

O prefeito Topázio Neto (PSD), ao ser questionado, explicou que a internação involuntária precisa ser assinada por um médico e que, por isso, os profissionais, diante do atual cenário e das pessoas envolvidas, têm encontrado “dificuldades”.

Topázio ainda lembrou que se trata de “uma lei que protege” a pessoa em situação de rua.

 

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