Expedição à Antártica liderada pelo Brasil parte nesta sexta; pesquisa estuda o impacto das mudanças climáticas nas geleiras


Jornada começa no porto de Rio Grande (RS), a bordo do navio quebra-gelo Akademik Tryoshnikov. Pesquisa conta com a participação de 61 cientistas de seis países. Pesquisador gaúcho lidera expedição à Antártida
Percorrendo mais de 20 mil quilômetros da costa do continente gelado e se aproximando das frentes das geleiras como nunca antes, o Brasil dá início a uma expedição científica na Antártica: a Expedição Internacional de Circum-Navegação Costeira Antártica.
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A jornada começa no porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira (22), a bordo do navio quebra-gelo Akademik Tryoshnikov, do Instituto de Pesquisa Ártica e Antártica, da Rússia, projetado especialmente para navegar em águas congeladas. Com duração de dois meses, o retorno está previsto para 25 de janeiro de 2025.
Entre os principais objetivos da pesquisa está o estudo dos impactos das mudanças climáticas nas geleiras antárticas. A expedição acontece com sob a coordenação do pesquisador polar gaúcho Jefferson Cardia Simões, do Centro Polar e Climático (CPC) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Expedição Internacional de Circum-Navegação Costeira Antártica
Reprodução/ RBS TV
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Pela primeira vez, os cientistas chegarão tão perto das frentes de gelo, permitindo a coleta de amostras biológicas, físicas e químicas. Basicamente, a missão vai em busca de respostas sobre o comportamento das geleiras e os impactos das mudanças climáticas nos oceanos.
“Vamos estar fazendo diferentes amostragens, ver até que ponto nós mudamos as características químicas e físicas deste oceano”, comenta Simões.
Pesquisador polar gaúcho Jefferson Cardia Simões, da UFRGS
Reprodução/ RBS TV
A expedição conta com a participação de 61 cientistas de seis países: Brasil, Argentina, Chile, China, Peru e Rússia. Do total, 27 são brasileiros, vinculados a instituições ligadas ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera (INCT) e ao Programa Antártico Brasileiro (Proantar/CNPq).
“Através da cooperação internacional, através da divisão de recursos, porque a pesquisa antártica é muito cara, nós conseguimos fazer mais. E, é claro, quanto mais cérebros trabalhando juntos, tem mais resultados e podemos contribuir para o avanço da ciência”, afirma o cientista.
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