O que se sabe sobre os dois brasileiros condenados pelo 8/1 e presos na Argentina

Segundo a polícia argentina, um dos brasileiros presos é Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, de 34 anosDivulgação/Polícia de Buenos Aires

A Justiça da Argentina emitiu mandados de prisão contra 61 brasileiros que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Esses condenados são alvo de pedidos de extradição feitos pelo Brasil. Até agora, dois deles já foram presos: Joelton Gusmão de Oliveira e Rodrigo De Freitas Moro.

As ordens de prisão foram emitidas pelo juiz Daniel Rafecas, responsável pela 3ª Vara Federal. O presidente da Argentina, Javier Milei, é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é alvo de uma investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado. Apesar da amizade, governo argentino informou que seguirá as decisões judiciais sobre o caso.

O que se sabe sobre os dois brasileiros detidos

Segundo informações da BBC, Rodrigo De Freitas Moro, de 34 anos, foi preso em flagrante durante o 8/1 e condenado a 14 anos de prisão. Ele é considerado foragido pela Justiça brasileira desde abril de 2024, quando a polícia perdeu o sinal de sua tornozeleira eletrônica. Antes, ele estava em liberdade provisória em sua cidade natal de Marília, no interior de São Paulo. 

De Freitas foi detido nesta sexta-feira (15), em La Plata, a 60 quilômetros a leste de Buenos Aires, quando “foi realizar trâmites migratórios”, detalhou a polícia da província de Buenos Aires.

Joelton Gusmão de Oliveira, de 47 anos, foi preso na quinta-feira (14) também na cidade de La Plata. Os policiais, durante patrulhamento, viram “um homem em atitude suspeita”, informou um comunicado policial, sem fornecer mais detalhes.

Gusmão é morador de Vitória da Conquista, no interior da Bahia, ele foi preso em Brasília em 8 de janeiro, mas liberado da prisão para cumprir medidas cautelares em novembro de 2023.

A mulher dele, Alessandra Faria Rondon, também participou dos atos golpistas, é considerada foragida e está entre os alvos dos mandados de prisão na Argentina, segundo a polícia local. Ela foi condenada a 17 anos de prisão por sua atuação no ataque antidemocrático.

Tanto De Freitas quanto Gusmão foram condenados por tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de ativos, associação criminosa armada e abolição violenta do Estado democrático de direito, acrescentou o relatório policial.

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