A rainha do axé, Ivete Sangalo, fez o público ir ao delírio na noite dessa sexta-feira (15), em mais uma edição do festival de axé Folianópolis, que ocorre na capital catarinense. Em dado momento da micareta, ‘Veveta’ parou tudo para chamar atenção de um fã, que usava um cigarro eletrônico na plateia. “Você é lindo, mas não está combinando com esse cigarro eletrônico”, disse a baiana.
Em cima de um trio elétrico, a “Rainha do Brasil” viu um folião utilizando o “vape”, como os usuários costumam se referir ao aparelho, e começou a gesticular para que o colocasse fora. Fora do microfone, é possível perceber a cantora dizendo “esse cigarro, joga fora”.
Ivete Sangalo pausa show e manda folião jogar vape fora
Não satisfeita com a mímica, a cantora baiana paralisou o show e pediu que o folião jogasse o cigarro eletrônico fora. “Você fica se sentindo mais potente, mais charmoso, mais gatinho, mais gatinha, mas depois quando você está lá no médico, o médico lhe dando o diagnóstico, ninguém da galera chega pra dizer ‘porra, bicho, tamo junto”, disse Ivete Sangalo.
“Você é lindo, não vou dizer quem é, agora, não está combinando com esse cigarro eletrônico. Na segunda volta, você vai me mostrar ele quebrado, jogado no lixo, fechou?“, pediu a cantora. Quando o folião disse que jogou o aparelho fora, Ivete, prontamente, respondeu: “Te amo! Deus abençoe, eu gosto assim: tem que obedecer a mamãe”, declarou.
Na sequência, a cantora fez uma brincadeira em referência ao apelido pelo qual é chamada muitas vezes, “mainha”, diminutivo de mãe. “Mães nunca estão erradas e, se eu sou mainha, eu não estou errada”, brincou Ivete, ao continuar o show. O flagra foi feito pela reportagem do Uol.
Malefícios do cigarro eletrônico
Em abril de 2024, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu, por unanimidade, manter a proibição aos cigarros eletrônicos no Brasil. A medida vale para comercialização, fabricação, importação, transporte, armazenamento e propaganda dos DEFs (dispositivos eletrônicos para fumar), conhecidos como “vape”, “pod” ou “pen drive”.
A proibição estava em vigor desde 2009 e passou por atualização, com endurecimento das regras. A diretoria da Agência estabeleceu o aprimoramento de medidas para o combate dos cigarros eletrônicos, como fiscalização em festas e eventos, ações educativas e parcerias com outros órgãos. O uso pessoal não entra na proibição.
Para a maioria do colegiado, não existem evidências suficientes que apontem o benefício dos cigarros eletrônicos como “estratégia de redução de danos ou como transição para interrupção do tabagismo” e faltam provas que indiquem a redução do contrabando ou a entrada ilegal desses produtos no país com a regulamentação.