As cinzas de Jô Soares viraram um diamante. A revelação foi feita pela ex-mulher, Flávia Soares, que afirmou ter transformado parte das cinzas de cremação do apresentador, que morreu em 2022, em um diamante. Mas, como isso é possível?
O ‘bio diamante’ ou diamante sintético, é produzido por meio de uma combinação entre pressão, temperatura e carbono, feita em laboratório.
O carbono é submetido à alta pressão e a uma temperatura de até 1500 °C, transformando-se primeiro em grafite e, depois, em cristais de diamante. No caso das cinzas de cremação, são necessárias cerca de 200 gramas para criar a peça.
Mylena Cooper, CEO da The Diamond, empresa do Paraná que atua na produção deste tipo de joia, afirma que o bio diamante produzido a partir deste processo é idêntico ao extraído na natureza.
“O bio diamante se tornou uma alternativa cada vez mais popular. Eles são produzidos em ambientes controlados usando tecnologias avançadas, que replicam as condições geológicas que formam diamantes naturais”, explica.
Mylena enxerga que, no futuro, a procura por diamantes laboratoriais seguirá crescendo, tendo em vista as iniciativas positivas em relação aos cuidados com o meio ambiente. “Esperamos um crescimento de pelo menos 50% em vendas nos próximos anos”.
O mercado de diamantes laboratoriais
As vendas de diamantes produzidos em laboratório aumentaram de quase 1 bilhão de dólares em 2016 para cerca de 12 bilhões de dólares em 2022 em todo o mundo, representando pouco mais de 17% do mercado total de diamantes.
Diamantes naturais e de laboratório compartilham a mesma composição química e estrutura física e são opticamente idênticos. Os naturais se formam abaixo da superfície da Terra ao longo de milhões de anos. Já os de laboratório são desenvolvidos em pouco tempo e evitam problemas ambientais ocasionados pela extração da pedra da natureza.