
Reparos na ponte sobre o Igarapé Judia, no Segundo Distrito de Rio Branco, iniciaram no dia 31 de março e a previsão de término é no dia 14 de abril. Carros e motos continuam passando pelo local e Prefeitura da capital estuda interromper fluxo de veículos grandes. Obras iniciaram no dia 31 de março e devem demorar 15 dias
Arquivo/Seinfra
As obras na cabeceira da ponte sobre o Igarapé Judia, no Segundo Distrito de Rio Branco, continuam e apesar de visivelmente haver rachaduras no solo e afundamento na cabeceira, carros e motos continuam passando pelo local. A prefeitura da capital estuda interromper fluxo de veículos grandes e reparos tem a previsão para acabar no dia 14 de abril.
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Parte da estrutura cedeu após o nível das águas baixarem e para evitar que o problema fique ainda mais sério, a prefeitura faz uma obra emergencial. O plano é instalar 40 estacas na margem do igarapé e usar gabião [uma técnica de reforço com pedras e telas de aço] para segurar a base da ponte e evitar novos deslizamentos.
O diretor de obras da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Seinfra), José Maurício, comentou que a alagação foi um agravante e desestabilizou a cabeceira da ponte que liga os bairros Canaã e Belo Jardim.
“A gente está fazendo uma cortina de estacas aqui porque houve uma movimentação em função de que o talude [é uma superfície inclinada que separa uma massa de solo, rocha ou outro material] desestabilizou com a alagação. A gente tá procedendo fazer um estaqueamento no solo, na base que vai impedir que isso continue avançando”, disse ele.
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Transito na região
A autônoma, Francinete Pereira, comentou que anteriormente, quando a ponte foi feita, estava tranquila, porém quando começou a ceder ficou sem fé que a obra fosse ficar boa.
“Deus é quem sabe como é que vai ficar. Tem que fazer um serviço bem feito, porque aqui quando chove, alaga pode acontecer alguma coisa, um desbarranco, alguma coisa, por isso tem que ser um serviço bem feito”, salientou ela.
Na entrada da ponte, é possível ver claramente rachaduras no solo e o afundamento na cabeceira. O trânsito continua fluindo, mas com cautela, especialmente para quem anda de moto ou bicicleta e a prefeitura estuda a possibilidade de interromper o fluxo de veículos pesados pelo local.
O secretário de infraestrutura do município, Cid Ferreira, comunicou que não houve, até o presente momento, a necessidade de interromper o trânsito. “O trânsito está fluindo normalmente, até porque o problema não é na ponte, o problema é na cabeceira da ponte, no seu aterro, que é um aterro novo. Agora com essa cerca de contenção, vai segurar o aterro”, assegurou ele.
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Obstrução
Moradores que passaram no local no dia 30 de março, perceberam várias rachaduras no asfalto e a cabeceira cedida. A ponte foi inaugurada em setembro do ano passado, tem 88 metros de extensão, duas faixas para veículos, passagem para pedestre e ciclistas e liga os bairros Canaã e Belo Jardim I.
Porém, moradores de mais de 20 bairros precisam da ponte para acessar outras regiões da cidade. Equipes da Prefeitura de Rio Branco estiveram no local ainda no dia 30 e iniciaram os reparos no dia 31 de março.
Cabeceira da ponte sobre o Igarapé Judia cede em Rio Branco
Imagens gravadas por um morador mostraram como estavam a rachaduras. “Após o vazamento do [igarapé] Judia, olha aí como está, quebrando a cabeceira da ponte. Isso aqui vai arriar. Bocalom, vamos agilizar o pessoal [de reparo]”, diz Francisco Panthio no vídeo acima.
Segundo a prefeitura, houve uma movimentação do solo com a enchente do igarapé. Porém, não houve comprometimento na ponte. “Não há problemas com a ponte, foi simplesmente no aterro, na cabeceira que, por ser um aterro novo, ainda não consolidou e naturalmente movimentou com toda alagação”, disse Cid Ferreira no domingo.
Prefeitura garante que estrutura da ponte não sofreu danos e que o problema é apenas no aterro
Arquivo/Prefeitura de Rio Branco
Ainda segundo o secretário, com a movimentação do solo, houve fissuras no asfalto e em parte da calçada. “Pedir para a RBTrans colocar algumas placas pedindo a redução de velocidade e avisando. Não tem problemas na ponte, está intacta, foi apenas no aterro, que é novo”, complementou.
O diretor da Seinfra, disse que o aterro sofreu uma pressão hidrostática com a alagação do manancial. Já com a descida da água, surgiram erosões internas no aterro.
“Mas, nada que venha realmente atrapalhar a trafegabilidade da população, isso aí não vai ter maiores transtornos. A gente vai fazer o fechamento, a recuperação das fissuras, a recomposição da calçada e acredito que com isso a gente vai conseguir estabilizar”, frisou.
Cabeceira apresenta rachaduras com a vazante do Igarapé Judia
Arquivo/Prefeitura de Rio Branco
Ponte de madeira
Durante longos anos, os moradores utilizavam canos para atravessar manancial. Em 2022, foi construída uma ponte de madeira sobre o Igarapé Judia para melhorar a trafegabilidade da população.
Um mês após a inauguração, a sonhada ponte começou a apresentar problemas na estrutura. Um dos pilares da ponte cedeu e preocupou quem precisa passar por lá.
Na época, a equipe da prefeitura encaminhou equipes para fazer análises e resolver a situação. Nas duas entradas da ponte foram colocadas barreiras que impediam a passagem de veículos pesados.
Em 2023, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, assinou a ordem de serviço para a construção de uma ponte de concreto sobre o igarapé.
Orçada em mais de R$ 7,5 milhões, a obra foi inaugurada em 30 de setembro do ano seguinte.
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o e diretor de obras da prefeitura de Rio Branco, a gente está fazendo uma cortina de estacas aqui porque houve uma movimentação em função de que o talude [é uma superfície inclinada que separa uma massa de solo, rocha ou outro material] desestabilizou com a alagação. Foi um agravante. A gente tá procedendo fazer um estaqueamento no solo, na base que vai impedir que isso continue avançando. Quando melhorar um pouquinho o tempo, a gente vai recompor essa parte do aterro e da calçada, assim como do pavimento.