Venezuela terá escala de trabalho 3×4 após decisão de Maduro para controlar crise energética

A jornada de trabalho na Venezuela será reduzida de 40 horas semanais para apenas 13,5 horas. Anunciada de maneira emergencial pelo governo de Nicolás Maduro para enfrentar a crise energética que atinge o país, a nova escala prevê expediente três vezes por semana, das 8h às 12h30, e é válida para o setor público.

Nicolás Maduro decidiu reduzir a jornada de trabalho na Venezuela para conter apagões que atingem o país - Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil/ND

Nicolás Maduro decidiu reduzir a jornada de trabalho na Venezuela para conter apagões que atingem o país – Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil/ND

Segundo o governo venezuelano, a decisão é consequência da seca que assola o país e afeta os níveis dos reservatórios responsáveis pela geração de energia hidrelétrica.

O sistema elétrico venezuelano depende fortemente da usina hidrelétrica Simón Bolívar e do reservatório de Guri, cujo nível está crítico. Em cidades do interior, os apagões diários chegam a durar pelo menos quatro horas.

Seca no país afeta a capacidade de geração de energia na Usina Hidrelétrica Simón Bolívar, levando à redução da jornada de trabalho na Venezuela - Foto: Corpoelec/Reprodução/ND

Seca no país afeta a capacidade de geração de energia na Usina Hidrelétrica Simón Bolívar, levando à redução da jornada de trabalho na Venezuela – Foto: Corpoelec/Reprodução/ND

Jornada de trabalho na Venezuela já teve redução parecida há seis anos

Essa não é a primeira vez que Maduro reduz a jornada de trabalho na Venezuela para conter crises energéticas. Em 2019, houve uma redução semelhante na jornada de trabalho. Na época, apesar de impedir grandes apagões, a economia do país foi bastante prejudicada.

Agora, nova regra está em vigor desde segunda-feira (24) e deve durar seis semanas, com possibilidade de prorrogação. O setor educacional foi excluído da medida, mas enfrenta uma crise própria: cerca de 70% dos professores deixaram as salas de aula devido aos baixos salários, que giram em torno de US$ 40 (cerca de R$ 228) por mês.

As sanções dos Estados Unidos são um fator agravante na situação econômica dos venezuelanos. Recentemente, a decisão de Donald Trump, que impôs uma tarifa de 25% sobre qualquer país que negocie petróleo com a Venezuela, gerou um novo baque financeiro, levando multinacionais, como a Chevron, a deixar o país.

*Com informações do R7

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