Sob calor intenso, Campinas usa IA e capacita instrutores de piscinas para identificar câncer de pele


Ação ocorre de 12 a 21 de fevereiro. Projeto é considerado pioneiro no país porque usa tecnologia para analisar lesões suspeitas. Primeira onda de calor do ano atinge Campinas e região, diz Climatempo
Sob calorão intenso, com máximas acima de 30 °C, a Prefeitura de Campinas (SP) promove, de 12 a 21 de fevereiro, uma ação de combate e conscientização sobre o câncer de pele nas piscinas públicas da metrópole.
Segundo a prefeitura, o projeto é considerado pioneiro no país porque usa inteligência artificial para analisar as lesões. Funciona assim: os instrutores de modalidades aquáticas passam por capacitação para identificar sinais da doença em alunos.
Depois, por meio de um aparelho desenvolvido por um grupo de oncologia e hematologia, é feita a fotografia, identificação e emissão de um laudo sobre a lesão suspeita. Se o resultado for positivo para câncer, a pessoa será encaminhada ao Hospital Mário Gatti.
“A gente deu algumas orientações durante as aulas, a gente costuma dar uma reforçadinha todo dia e, nessas últimas semanas, a gente conseguiu divulgar nos grupos de WhatsApp os horários, as datas e as imagens das pintas suspeitas, e como é a pinta normal, como é uma que tem que ter cuidado”, relata o professor de educação física Felipe Magal Sughura.
📅 Confira o cronograma do projeto:
12 de fevereiro: Clube Municipal João Carlos de Oliveira
14 de fevereiro: Praça de Esportes Pompeu de Vitto
19 de fevereiro: Praça de Esportes Ferdinando Panattoni
21 de fevereiro: piscina do Taquaral
O projeto inclui uma conversa rápida com uma profissional que faz o atendimento. “A dupla checagem é uma forma de validarmos a inteligência, o programa da inteligência artifical, junto com um especialista, que é o dermatologista”, explica a oncologista Amanda Binato Negrini.
Piscina pública na Lagoa do Taquaral
Carlos Bassan/Prefeitura de Campinas
Altas temperaturas
A região de Campinas deve registrar temperaturas acima de 30 °C nesta semana, em meio ao alerta de uma nova onda de calor que deve atingir boa parte do Sudeste.
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🥵 Apesar do tempo quente, Bruno Bainy, do Cepagri, explica que não há expectativa de que a região seja impactada por uma onda de calor. Entenda:
A onda de calor é configurada por um desvio da temperatura média a partir de 5 °C e que deve persistir por, pelo menos, três dias;
Em Campinas, a máxima média para fevereiro é de 30,6 °C. Isso significa que, para configurar uma onda de calor, as máximas deveriam ultrapassar os 35 °C.
“Será acima da média, mas não uma onda de calor. São dias quentes, sem dúvida nenhuma. A questão da umidade alta, mesmo na hora mais quente do dia, vai ficar acima de 50%, 60%. Combinando com essas temperaturas, isso reforça a sensação de tempo abafado e agrava a sensação de calorão”.
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