Força Nacional reforça segurança em aldeia indígena do Paraná, onde 4 foram baleados


Ataque à comunidade Avá-Guarani ocorreu na sexta-feira (3), por volta das 21h. Segundo os indígenas, homens mascarados invadiram o local e dispararam com pistolas e espingardas. Força Nacional reforça segurança em aldeia indígena do Paraná, onde 4 foram baleados.
Reprodução/Jornal Nacional
Tropas da Força Nacional vão reforçar a segurança na aldeia indígena do Paraná, onde quatro pessoas foram baleadas, incluindo uma criança e um adolescente. A Polícia Federal (PF) investiga o ataque.
O ataque à comunidade Avá-Guarani ocorreu na sexta-feira (3), por volta das 21h. Segundo os indígenas, homens mascarados invadiram o local e dispararam com pistolas e espingardas.
Os tiros atingiram quatro pessoas: dois homens de 25 e 28 anos, um adolescente de 14 e um menino de 7 anos. A comunidade fica em Guaíra, na fronteira do Brasil com o Paraguai. Está localizada a 5 km do centro da cidade e da sede da Polícia Federal.
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Esses ataques sempre acontecem durante a noite, acontecem por pontos estratégicos onde a Força Nacional não está”, afirmou o representante indígena Okaju.
A comunidade fica em Guaíra, na fronteira do Brasil com o Paraguai, e localizada a 5 km do centro da cidade e da sede da Polícia Federal.
A região é alvo de uma disputa histórica entre fazendeiros e indígenas. Ações na Justiça discutem quem tem direito às terras.
A PF abriu uma investigação para apurar o ataque. Até o momento, nenhum suspeito foi identificado. A comunidade afirma que esse foi o quarto ataque nos últimos sete dias. Na virada do ano, uma casa foi incendiada no mesmo local.
Representantes dos indígenas dizem que já tinham alertado os órgãos de segurança nacionais sobre o clima de tensão. E que a comunidade ficou durante horas cercada por pistoleiros sem nenhuma ação de proteção.
“Nós nos vimos num momento em que não temos segurança nenhuma. A comunidade não tem segurança, as mulheres, as crianças. O mais preocupante é que não sabemos qual casa será a próxima”, declara Vilma Vera, representante da comissão da Mulher Indígena.
Os dois adultos feridos no ataque continuam internados em um hospital a 100 km da comunidade indígena. De acordo com o último boletim médico, o estado de saúde deles é grave.
O adolescente já recebeu alta e o menino, que levou um tiro na perna, também voltou para casa nos braços do pai.
Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou que determinou o aumento de 50% no efetivo da Força Nacional na área. E que, diante do risco de novos ataques, equipes foram acionadas para intensificar o patrulhamento.
O Ministério dos Povos Indígenas afirmou que está em diálogo com o Ministério da Justiça para a investigação imediata dos grupos armados que atuam na região.
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