Nesse 2° mandato como prefeito, Nunes e Mello Araújo terão 22 secretarias e quatro órgãos de gestão e controle, totalizando 26 órgãos municipais. Os 55 vereadores eleitos em outubro também foram empossados nesta quarta (1°) para o mandato que termina em 31 de dezembro de 2028. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) faz juramento do cargo de prefeito de São Paulo para o mandato 2025-2028.
Reprodução/TV Câmara
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o vice Mello Araújo (PL) tomaram posse na tarde desta quarta-feira (1º) para o novo mandato à frente da Prefeitura de São Paulo.
A cerimônia foi realizada na Câmara Municipal da cidade, no Centro, e presidida pelo parlamentar mais velho do legislativo paulistano, o vereador Eliseu Gabriel (PSB), de 77 anos.
Os 55 vereadores eleitos em outubro também foram empossados nesta quarta (1°) para o mandato que termina apenas em 31 de dezembro de 2028.
A cerimônia foi marcada por vaias ao ex-presidente Jair Bolsonaro e gritos de “sem anistia”, após a vereadora Zoe Martinez (PL) prestar juramento do cargo e gritar “viva Bolsonaro e a liberdade” no microfone.
Ao voltar ao seu lugar, Martinez bateu boca com vereadores do PSOL e a deputada federal Erika Hilton, também do PSOL, que estavam do outro lado do plenário e também puxaram o coro de “sem anistia!”.
O vereador Eliseu Gabriel (PSB), que preside a sessão, brincou ao microfone: “começou cedo, hein?”.
Nesse 2° mandato como prefeito, Nunes e Mello Araújo terão 22 secretarias e quatro órgãos de gestão e controle, totalizando 26 órgãos municipais.
Após a cerimônia e o juramento, Nunes e o vice deixam a Câmara para dar posse ao novo secretariado numa solenidade no Theatro Municipal.
Por lá, uma recepção para cerca de 1.500 convidados deve acontecer a partir das 16h30.
Eleição da Câmara
Os vereador Ricardo Teixeira (União) e Celso Gianazzi (PSOL), que disputam a presidência da Câmara Municipal de SP neste 1 de janeiro de 2025.
Montagem/g1/Rede Câmara
Após a posse, os vereadores de São Paulo iniciam a escolha do novo presidente do Poder Legislativo paulistano, além dos novos membros da Mesa Diretora da Câmara.
O vereador Ricardo Teixeira (União Brasil) foi indicado como o candidato da base do governo para o cargo. O adversário é o vereador Celso Gianazzi (PSOL), que também concorre ao cargo nesse dia 1° de janeiro.
Além do próprio partido, Teixeira tem apoio de MDB, PL, PP e até do PT – que faz oposição a Nunes – para ser eleito para a presidência da Legislativo municipal em 2025.
Veja vereadores eleitos para Câmara Municipal de SP para o mandato que começa neste 1° de janeiro
Câmara de SP tem 35 vereadores reeleitos e 20 novos parlamentares; PT tem maior bancada, seguido por MDB, PL e União Brasil
Quem é Ricardo Nunes
Ricardo Nunes
Jorge Silva/Reuters
Ricardo Nunes (MDB) tem 56 anos, é empresário e atual prefeito da capital paulistana. Esta foi a primeira eleição em que ele disputou para um cargo majoritário.
Nunes assumiu a cadeira de prefeito em 2021 após a morte de Bruno Covas em virtude de um câncer. Em 2012, foi eleito vereador com mais de 30 mil votos. Em 2016, se reelegeu com 55 mil votos.
Durante seis anos, foi o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento da capital. Casado há 27 anos com Regina Carnovale Nunes, tem três filhos e um neto.
Nasceu na Zona Sul da capital paulista, é do signo de escorpião e palmeirense. Em entrevista ao g1, disse ser fã do padre Marcelo Rossi, adorar novelas e ser “pai” de quatro cachorros: Yuri, Apolo, Sissi e Milk.
Quem é Mello Araújo
Coronel Mello Araújo (PL), candidato a vice na chapa de Ricardo Nunes (MDB)
ROBERTO SUNGI/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Indicado para vice de Nunes pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Ricardo Augusto de Mello Araújo é coronel aposentado da Polícia Militar e ex-comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar),
Com 53 anos, Araújo vem de uma família de militares e foi a terceira geração a atuar na segurança pública de São Paulo.
Em 2020, ele foi convidado pelo então presidente Bolsonaro a assumir a presidência do Ceagesp e, neste ano, indicado como vice na chapa que disputou a Prefeitura de SP.
Ainda como comandante da Rota, em 2017, o futuro vice da cidade se envolveu em uma polêmica ao diferenciar uma abordagem policial realizada no Jardins e na periferia em declaração feita em entrevista ao UOL.
“Você pega o policial que trabalha nos Jardins, a forma como ele vai lidar com a comunidade ou com as pessoas que transitam por lá é totalmente diferente do policial que trabalha na periferia. Ele usa a mesma técnica, vai trabalhar com a mesma doutrina, mas a forma de se abordar e de se falar com a pessoa é diferente”, afirmou.
“Porque aquela comunidade numa região periférica, se eu colocar o policial do Jardins para trabalhar, ele vai ter, no começo, uma dificuldade pra se adaptar a essa realidade. É uma outra realidade, são pessoas diferentes que transitam por lá. Se ele for abordar a pessoa da mesma forma que abordaria uma pessoa no Jardins, ele vai ter dificuldade, ele não vai ser respeitado. Da mesma forma, se eu coloco um da periferia pra lidar, falar da mesma forma, com a mesma linguagem que uma pessoa da periferia fala aqui no Jardins, ele pode ser grosseiro com uma pessoa do Jardins que está ali andando. Até da forma de falar, o policial tem que se adaptar àquele meio que ele está naquele momento.”
O coronel Mello de Araújo, ex-presidente da Ceagesp na gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Reprodução/Instagram
Durante a participação em um podcast policial, em agosto, o coronel relembrou a fala e negou as acusações de que estaria defendendo um tratamento diferenciado da PM nas áreas nobres de São Paulo.
Ele afirmou que estava apenas relatando que existem protocolos diferentes para cada situação, o que inclui desde linguagem corporal ao uso de gírias e expressões para se comunicar com as diferentes realidades.
Forças políticas na Câmara Municipal
Maiores bancadas de vereadores da Câmara Municipal de São Paulo para o mandato 2025/2028.
Reprodução/TV Globo
Na eleição de outubro de 2024, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) apontou que 35 dos 55 vereadores atuais da capital paulista foram reeleitos.
Outros 20 novos parlamentares assumirão os mandatos a partir de 2025, segundo a listagem final do tribunal (veja lista aqui), incluindo os cinco vereadores mais votados da capital, que assumirão pela primeira vez uma cadeira no Legislativo paulistano.
O PT conquistou a maior bancada de vereadores, com oito cadeiras. O partido de Lula manteve a mesma quantidade de cadeiras conquistadas em 2020.
A sigla é seguida por MDB, PL e União Brasil, que conquistaram sete vagas cada um no pleito.
Bancada de vereadores eleitos em 2024 na cidade de São Paulo. Mandato vai de 2025 a 2028.
Reprodução/CMSP
O PSOL de Guilherme Boulos também manteve as seis cadeiras em 2020 e segue na quinta posição entre as maiores bancadas, seguido pelo Podemos, que atingiu também seis cadeiras, três a mais do que no pleito anterior.
O Partido Progressistas (PP), que tinha apenas uma cadeira em 2020, agora tem quatro parlamentares.
O PSD, de Gilberto Kassab, que tinha três cadeiras em 2020, permaneceu com o mesmo tamanho. Mas a legenda perdeu três parlamentares, se compararmos com a bancada atual de seis vereadores, que migraram para o partido em virtude da eleição deste ano.
O Republicanos, do governador Tarcísio de Freitas, que apoia a reeleição de Ricardo Nunes, perdeu duas das quatro cadeiras da Legislatura anterior.
O partido Novo, que tinha dois parlamentares em 2020, agora conseguiu eleger apenas uma parlamentar.
A novidade é que a Rede Sustentabilidade, que nunca tinha tido um parlamentar eleito na capital paulista, agora terá uma das cadeiras com Marina Bragante, eleita para o mandato 2025-2028 com 39 mil votos.
Vereadores eleitos 2025/2028
Os vereadores mais votados Lucas Pavanato, Ana Carolina Oliveira, Amanda Paschoal e Sargento Nantes.
Montagem/g1/Divulgação
LUCAS PAVANATO (PL) – 161.386 votos
ANA CAROLINA OLIVEIRA (Podemos) – 129.563 votos
DR. MURILLO LIMA (PP) – 113.820 votos
SARGENTO NANTES (PP) – 112.484 votos
AMANDA PASCHOAL (PSOL) – 108.654 votos
RUBINHO NUNES (UNIÃO) – 101.549 votos
LUNA ZARATTINI (PT) – 100.921 votos
LUANA ALVES (PSOL) – 83.262 votos
DRA SANDRA TADEU (PL) – 74.511 votos
PASTORA SANDRA ALVES (UNIÃO) – 74.192 votos
SILVÃO LEITE (UNIÃO) – 63.988 votos
ISAC FÉLIX (PL) – 62.275 votos
ZOE MARTINEZ (PL) – 60.272 votos
GABRIEL ABREU (Podemos) – 58.581 votos
RODRIGO GOULART (PSD) – 58.715 votos
DANILO DO POSTO DE SAÚDE (Podemos) – 58.676 votos
EDIR SALES (PSD) – 58.190 votos
ALESSANDRO GUEDES (PT) – 58.183 votos
CELSO GIANNAZI (PSOL) – 57.789 votos
CRIS MONTEIRO (Novo) – 56.904 votos
SILVINHO (UNIÃO)- 53.453 votos
THAMMY MIRANDA (PSD) – 50.234 votos
NABIL BONDUKI (PT) – 49.540 votos
JANAINA PASCHOAL (PP) – 48.893 votos
FABIO RIVA (MDB) – 44.627 votos
MAJOR PALUMBO (PP) – 43.455 votos
RUTE COSTA (PL) – 43.090 votos
SIDNEY CRUZ (MDB) – 42.988 votos
GEORGE HATO (MDB) – 42.837 votos
SANSÃO PEREIRA(Republicanos) – 42.229 votos
ANDRÉ SANTOS (Republicanos) – 41.379 votos
HÉLIO RODRIGUES (PT) – 40.753 votos
AMANDA VETTORAZZO (UNIÃO) – 40.144 votos
MARCELO MESSIAS (MDB) – 40.079 votos
MARINA BRAGANTE (REDE) – 39.147 votos
TRIPOLI (PV) – 39.039 votos
SIMONE GANEM (Podemos) – 38.540 votos
SANDRA SANTANA (MDB) – 38.326 votos
JOÃO JORGE (MDB) – 36.296 votos
ELY TERUEL (MDB) – 35.622 votos
PROFESSOR TONINHO VESPOLI (PSOL) – 34.735 votos
SILVIA DA BANCADA FEMINISTA (PSOL) – 34.537 votos
SONAIRA FERNANDES (PL) – 33.957 votos
DR. MILTON FERREIRA (Podemos) – 33.493 votos
JOÃO ANANIAS (PT) – 33.225 votos
KENJI PALUMBO (Podemos) – 32.495 votos
RICARDO TEIXEIRA (UNIÃO)- 31.566 votos
JAIR TATTO (PT) – 30.905 votos
DHEISON (PT) – 30.575 votos
SENIVAL MOURA (PT) – 30.480 votos
ELISEU GABRIEL (PSB) – 30.706 votos
RENATA FALZONI (PSB) – 30.206 votos
KEIT LIMA (PSOL) – 27.769 votos
ADRILLES JORGE (UNIÃO) – 25.038 votos
GILBERTO NASCIMENTO (PL) – 22.306 votos