Passar um tempo no espaço pode ter um efeito avassalador no corpo dos astronautas. A falta de gravidade, entre outras coisas, chega inclusive a durar um tempo, como mostrou Frank Rubio.
Frank é astronauta e passou 371 dias no espaço. Ele voltou à Terra no ano passado e descobriu que efeitos podem ser duradouros.
Terra para Frank
Aos 49 anos, Frank passou mais tempo no espaço do que qualquer astronauta dos EUA (mais de um ano). Por isso, quando voltou, passou por uma bateria de testes para entender como corpo havia mudado. Os cientistas acharam que poderia ter alterado:
- Saúde física
- Saúde mental
- Imunidade
- Mudanças genéticas
Maiores problemas ao voltar para Terra
Quando voltou para Terra, o astronauta percebeu que a gravidade deixou os músculos e ossos muito mais fracos. Ele tinha dificuldade em ficar em pé e andar – porque a gravidade mudou completamente isso para ele.
Além disso, Frank percebeu uma falta de equilíbrio extrema. Jennifer Fogarty, cientista-chefe no Baylor College of Medicine, estuda saúde no Espaço e explicou:
“Como você coordena movimentos como caminhar, algo que você não faz há muito tempo, e então a ideia de equilíbrio? Quando você junta os dois, isso pode criar uma situação um pouco precária e algo que é muito bem monitorado com os membros da tripulação quando eles pousam na Terra.”
A falta de gravidade ainda pode mudar muito do corpo, como mudança na pressão dos olhos e cérebro, e mudanças mentais como fadiga, estresse e insônia.
Mas os astronautas sabem disso tudo antes de viajarem, e a Nasa prepara as pessoas.
“Podemos selecionar pessoas, treiná-las e garantir que estejam muito saudáveis antes de irem. Pesquisamos para entender onde podemos fazer escolhas diferentes com os ambientes que construímos para essas pessoas viverem e trabalharem, para que não estejamos explorando essas reservas… e as comprometendo,” explicou Fogarty.
Rubio disse que passou quatro meses se recuperando e “se reincorporando de volta à Terra”, disse à Time: “Você se adapta incrivelmente rápido a estar no espaço, mas infelizmente, o processo de readaptação de volta à Terra pode às vezes ser um pouco mais longo e difícil.”