A formação do La Niña deve ocorrer no início de 2025 e se estender até março, segundo a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), dos Estados Unidos. Porém, especialista aponta que no Sul do Brasil já é possível perceber os efeitos do fenômeno.
A NOAA aponta 59% de probabilidade de que o fenômeno se estabeleça até o final de janeiro. Já o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), afirma que a estimativa é de 60% de chances de que sua formação ocorra apenas no primeiro trimestre do próximo ano.
O atraso estaria ligado a fatores como a circulação dos ventos e a interação das camadas do oceano, que interferem diretamente no fenômeno. De acordo com o Inmet, a previsão de que o fenômeno surgisse no segundo semestre de 2024 não se concretizou devido às condições do Pacífico, que ainda apresentam flutuações significativas.
Fenômeno La Niña já começou a atuar no Sul do Brasil, diz meteorologista
De acordo com o meteorologista Piter Scheuer, o efeito do La Niña já começou a se manifestar no Hemisfério Sul. “Os efeitos já estão acontecendo com as chuvas irregulares. Ora, a gente tem frio tardio, ora temos aquecimento”.
Segundo Scheuer, o fenômeno deve refletir em um inverno mais seco e gelado em 2025. “No ano passado, tivemos o La Niña e o inverno foi dentro da normalidade. Então, provavelmente vamos ter o inverno dentro da normalidade em 2025, ou seja, frio”, destacou.
O fenômeno é conhecido por causar chuvas abaixo da média e altas temperaturas, afetando especialmente o Rio Grande do Sul, onde o verão já deve registrar baixos índices de precipitação. Especialistas advertem que, caso o fenômeno se concretize, os impactos podem incluir prejuízos para a agricultura e setores dependentes de chuvas regulares.