Ano Novo, velhas promessas?


Todo final de ano é a mesma coisa: passadas as festas natalinas, começam as listas de promessas de mudanças para o ano novo. É que a virada do ano simboliza o encerramento de um ciclo e a chance de um recomeço. É um marco temporal significativo que nos convida a começar algo diferente, e por isso surgem tantas propostas: começar uma atividade física, economizar dinheiro, se alimentar melhor, reduzir o estresse, viajar mais, e por aí vai.
Assim, começamos o ano cheios de expectativas. Mas, ao chegar no final, muitas dessas metas – ou talvez todas – ficam só na promessa. Quem olha de fora pode até pensar que falta determinação.
A verdade é que mudar não é fácil, pois envolve sair da zona de conforto, daquele lugar que, mesmo que nos provoque inquietação e mal-estar, optamos por ficar ali e, para isso, justificamos nossa inércia com uma lista de desculpas que nos absolvem da responsabilidade. Pura autossabotagem.
Tememos as mudanças porque nossos hábitos e comportamentos estão perfeitamente ajustados à nossa rotina. Mesmo aqueles dos quais tanto reclamamos nos oferecem uma sensação de previsibilidade e, portanto, segurança. É mais fácil optar por aquilo que é familiar, mesmo que a situação seja indesejada.
O novo nos causa ansiedade e medo justamente porque não sabemos o que esperar. Nessas situações, a decisão de permanecer no mesmo lugar vem carregada de crenças limitantes. Pensamentos como “eu não consigo” ou “é muito difícil” desvia nosso foco do fato de que somos capazes e nos acomodam. Nem todos nós formos incentivados a acreditar em nosso próprio potencial.
Mudar exige coragem. Não é algo que se anuncia e pronto. É um processo. Quem espera mudanças rápidas pode acabar frustrado. É preciso planejar as ações necessárias e, sobretudo, organiza-las de um modo acessível para que aumentem as chances de sucesso.
Embora muitas pessoas escolham a virada do ano como um marco para iniciar ou modificar certos comportamentos, mas a verdade é que, na maioria das vezes, não precisamos de uma data específica. Na prática, muitas mudanças podem ser iniciadas a qualquer momento, desde que tenha significado. Para quem sente mais dificuldade, é importante estar aberto aos erros e aos aprendizados. Não temos o controle de tudo, e está tudo bem! O valor está na perseverança e nos recursos que usamos para alcançar a mudança desejada.
Mudar não é fácil, e sabemos que muitos fatores ao nosso ao nosso redor influenciam nossas decisões. Mas, no fim das contas, a escolha de permanecer ou não na zona de (des)conforto é sempre nossa. Que tal então tentar algo diferente? Feliz Ano Novo! Créditos: Joselene L. Alvim-psicóloga
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