A casa do casal assassinado brutalmente em Itajaí, Litoral Norte de Santa Catarina, no último sábado (23), foi alvo de furto na madrugada desta quarta-feira (27). Uma motorista de aplicativo foi chamada para uma corrida do local pelos suspeitos e reconheceu a residência.
Da casa, por volta da 1h da madrugada, saíram dois homens com bolsas contendo objetos pessoais, dois televisores entre outros bens. Eles solicitaram a corrida até uma rua no bairro Cordeiros.
Casa de casal assassinado em Itajaí é saqueada na madrugada desta quarta-feira (27) – Foto: Juliana Senne/NDTV
Na rua do bairro Cordeiros, os suspeitos entraram em um veículo VW Passat de cor prata. Ainda de acordo com a motorista do aplicativo, durante a corrida os homens afirmaram que um deles era dono de um bar na comunidade chama Vila da Miséria.
De imediato equipes da Polícia Militar começaram a fazer rondas em busca dos suspeitos, e encontraram um veículo com as mesmas características em um lote ao lado de um bar.
Suspeitos de saquear casa de casal assassinado em Itajaí são presos
No local, foram abordados os homens, com eles foram encontrados dinheiros e os objetos furtados da residência. Os suspeitos foram reconhecidos, bem como as bolsas e objetos e o cobertor utilizado para cobrir as duas televisões.
Assassinato de casal ocorreu na casa deles, no bairro Espinheiros – Foto: Divulgação/PM
Aos policiais, os suspeitos informaram que entraram na casa, separaram os objetos, comeram a comida que estava na geladeira e até chegaram a dormir no local enquanto aguardavam a chegada do resgate deles.
Que então um deles chamou um veículo pelo aplicativo 99, pela conta dele, para tirar eles do local e levar até uma rua do Cordeiros, onde esse veículo estaria esperando para levar os itens até esse bar na Vila da Miséria.
Diante dos fatos, foi dada voz de prisão e conduzidos para a Central de Plantão Policial para os procedimentos cabíveis.
2
Objetos furtados da casa de casal assassinado – Reprodução/Polícia Militar
2
Suspeitos de saquear casa de casal embarcou neste carro prata – Reprodução/Polícia Militar
Novos detalhes indicam dinâmica de assassinato de casal em Itajaí
Novos detalhes indicam a dinâmica do suposto duplo homicídio que ocorreu na madrugada de sábado em Itajaí. Identificados como Pedro Ramiro Souza, de 47 anos, e Susimara Gonçalves Souza, de 42, o casal morto era dono de uma loja de decorações da cidade, além de outros negócios.
Causa da morte de Ramiro e Suzy foi asfixia, revela IGP – Foto: Reprodução/Redes Sociais
A crueldade do crime é o que choca amigos e vizinhos. Os dois foram encontrados amordaçados, a mulher estava com um pedaço de pano na boca e com marcas de estrangulamento no pescoço, enquanto o homem tinha as mãos amarradas, além de uma mordaça feita com um pedaço de pano e uma cinta enrolada na cabeça.
O IGP (Instituto Geral de Perícias) informou ao ND Mais que a causa da morte dos dois foi asfixia.
Uma câmera de monitoramento, mostra o momento em que o casal chega em casa de carro às 0h53, já às 0h55, é possível ouvir um grito, que de acordo com testemunhas, era da mulher.
Uma vizinha do casal informou que os criminosos levaram aliança, celular, chave e controle do portão. O casal não tinha antecedentes criminais.
Casal morto foi encontrado pelo filho da mulher
Os corpos de Ramiro e Susy, como eram conhecidos, foram encontrados pelo filho de Susimara no bairro Espinheiros. O jovem de 24 anos tinha falado com eles na noite anterior e, aparentemente, eles estavam bem.
Nas redes sociais, Ramiro postava fotos alegres do casal – Foto: Reprodução/Redes Sociais
Entretanto, ao chegar na casa, localizada na rua Fermino Vieira Cordeiro, ele encontrou os pais mortos no pátio do fundo da casa, deitados no chão.
Conforme o tenente Joubert, da Polícia Militar, o filho teria conversado com os pais por volta da 1h30. Nesta segunda-feira (25), peritos da Polícia Científica vistoriaram a casa.
A suspeita de que o casal foi vítima de duplo latrocínio também é uma das linhas de investigação, entretanto, as motivações do crime ainda não foram reveladas. O delegado que investiga o caso é Roney Péricles, da DIC (Divisão de Investigação Criminal) de Itajaí.