Uma médica pediatra foi condenada por homicídio culposo em Valência, Espanha, após um menino de dois anos morrer em decorrência de um infarto. Ele começou a apresentar sintomas como febre e fraqueza um ano antes de falecer, mas não foi diagnosticado, nem medicado corretamente a tempo.
Um dia após seu aniversário de dois anos, a criança foi levada ao Hospital Clínico de Valência, onde a médica condenada trabalhava, com sintomas de vômito e letargia, mas foi liberada pela profissional de saúde sem exames complementares que poderiam ter identificado a gravidade da situação.
Horas após ser mandado para casa, o menino sofreu uma parada cardíaca e morreu.
Segundo o jornal local La Dépêche, o médico legista indicou a causa da morte como “doença de Kawasaki”, uma condição rara caracterizada pela inflamação dos vasos sanguíneos de todo o corpo. É uma doença grave, mas não fatal, se detectada a tempo.
Pediatra é condenada em julgamento
A pediatra foi indiciada e, durante o julgamento, a promotoria conseguiu provar que ela não seguiu os protocolos adequados, especialmente pela ausência de um eletrocardiograma, exame que poderia ter detectado anomalias cardíacas na criança.
O júri considerou a pediatra culpada por negligência e imprudência, e ela foi condenada a um ano de prisão, além de quatro anos de inabilitação profissional.
No entanto, ela ainda pode recorrer e cumprir a pena em liberdade com base na legislação espanhola.
O caso gerou repercussão no mundo todo e provocou discussões sobre a necessidade de maior rigor no atendimento médico e nas condições de trabalho dos profissionais da saúde.