Menino que precisa extrair todos os dentes após cáries consegue consulta com especialista para continuar tratamento dentário


Nicollas Gabriel Alves Ferreira, de 3 anos, será atendido por cardiologista no Hospital Infantil, que fica no HGP, para fazer exame de risco cirúrgico. Ele teve todos os dentes comprometidos por cáries e mãe busca por tratamento. Nicolas Gabriel está com problemas em todos os dentes
TV Anhanguera/Reprodução
O menino Nicollas Gabriel Alves Ferreira, de 3 anos, que está com todos os dentes comprometidos por cáries, conseguiu um atendimento na rede de saúde pública estadual para dar andamento no tratamento dentário. Segundo a mãe, Divina Alves Oliveira, a consulta está marcada para sexta-feira (29). Ele vai consultar com um cardiologista para fazer o exame de risco cirúrgico.
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Nicollas está tendo dificuldades para se alimentar e beber água por causa do problema na saúde bucal. Conforme a mãe, a orientação que recebeu durante o tratamento, que começou há cerca de um ano, era que ele precisaria extrair todos os dentes.
O procedimento exige que o menino passe por um cardiologista para realização do chamado risco cirúrgico, uma avaliação para saber se ele tem condições de enfrentar a anestesia necessária para as extrações.
Divina explicou que uma clínica de odontologia particular chegou a entrar em contato com ela com o objetivo e oferecer o tratamento dentário a Nicollas, mas como ela não sabe se ele teria alguma reação com a anestesia, preferiu manter o tratamento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Se o neném tiver alergia e anestesia, porque eu não sei se ele tem, que ele nunca usou anestesia, tem um lugar de intubação e tem anestesista. Tem todo o preparamento Infantil”, afirmou a mãe, ressaltando que mesmo assim, o profissional que se ofereceu para ajudar também vai acompanhar a situação de Nicollas.
Divina também comentou a repercussão nas redes sociais com relação ao problema do filho. Segundo ela, muitos comentários negativos foram feitos, mas o foco dela é buscar resolver o problema de saúde do filho.
“Eu coloquei a minha cara na frente pra me resolver, porque nem toda mãe tem a coragem que eu tive de buscar uma coisa que meu filho precisa, porque condição eu não tenho. Se eu tivesse condição eu não precisava ir na TV pra poder pedir que o poder público desse uma posição do caso do meu filho”, enfatizou Divina.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou que a consulta com cardiologista está agendada para a sexta-feira (29). O procedimento autorizado é o de risco cirúrgico.
Além de comprometer os dentes, cáries podem causar outros problemas de saúde; saiba mais
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Entenda
Divina contou que procurou atendimento na rede municipal de saúde quando Nicollas estava com cáries em quatro dentes. Mas o encaminhamento demorou tanto que o problema tomou conta dos outros dentes da criança.
“Ele emagreceu muito rápido, questão assim de um mês. Falei que vai ter que tomar soro para ver se fortalece ele um pouquinho”, disse a mãe.
A Secretaria Municipal da Saúde (Semus) afirma que a criança recebeu atendimento em uma Unidade de Saúde, no dia 29 de outubro de 2024, e precisou ser transferida para o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) de Palmas. O município afirma que a transferência não se deu pela complexidade do procedimento e sim porque o paciente é uma criança não colaborativa, e precisava de maiores cuidados (veja nota abaixo).
A mãe afirmou que o atendimento no dia 29 de outubro de 2024 foi por outros motivos, não relacionados ao problema odontológico.
No CEO, segundo a prefeitura, a criança teria apresentado a mesma agitação e os profissionais avaliaram que ela precisaria ser encaminhada para o Hospital Geral de Palmas (HGP), para que pudesse passar pelo procedimento em sedação. Por este motivo surgiu a necessidade de se fazer o risco cirúrgico.
Íntegra da nota da Prefeitura de Palmas
A Secretaria Municipal da Saúde (Semus) informa que o paciente foi atendido na Unidade de Saúde da Família (USF) José Luiz Otaviane para o Centro de Especialidade Odontológicas (CEO) que recebeu a criança no dia 29 de outubro deste ano. A Semus destaca que a transferência da USF para o CEO não se deu pela complexidade do procedimento e sim porque o paciente é uma criança não colaborativa, e precisava de um maior cuidado.
No CEO a criança apresentou a mesma agitação o que foi avaliado pelos profissionais que ela precisaria ser encaminhada para o Hospital Geral de Palmas (HGP) para que pudesse passar pelo procedimento em sedação. O paciente então está encaminhado para o HGP e aguarda o procedimento.
A Semus ainda reitera que o paciente e sua mãe receberam orientações pertinentes desde a primeira consulta para evitar a multiplicação das cáries com informações sobre o consumo de alimentos que trazem riscos para a saúde bucal e também dos hábitos que devem ser mantidos para crianças pequenas ficarem livres de dietas cariogênicas.
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