A Polícia Federal encaminhará um pedido de quebra de sigilos bancário, fiscal, telemático e telefônico de Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Informação foi confirmada pelo Portal R7 nesta sexta-feira (15).
Quebra de sigilos
O pedido de quebra de sigilos será encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal). O celular do autor foi coletado, e a PF aguarda decisão judicial para que o conteúdo extraído seja analisado e possa ser utilizado nas investigações.
Conforme o portal R7, o corpo de Luiz foi periciado pela PF e deve ser liberado para sepultamento na segunda-feira (18). Ele morreu na noite de quarta-feira (13), depois de atirar artefatos explosivos contra o prédio do STF .
Nesta sexta-feira (15), agentes trabalham para localizar e entrevistar as pessoas que tiveram contato com Francisco enquanto ele esteve no Distrito Federal. Algumas pessoas devem prestar depoimento na segunda.
Os agentes investigam as redes sociais para averiguar a participação de outras pessoas no atentado, além da ligação de Luiz em grupos extremistas.
Quem é Francisco Wanderley Luiz
Francisco Wanderley Luiz foi candidato a vereador em Rio do Sul, em SC, pelo PL em 2020 e recebeu 98 votos. Por meio de nota, o PL se manifestou sobre o caso.
“Reitero que o PL repudia veemente qualquer tipo de violência e reafirma seu compromisso com os valores democráticos. Reforçamos ainda que ataques a instituições públicas vão contra os princípios defendidos pelo partido” afirmou.
Na manhã do ataque, Luiz entrou na Câmara dos Deputados usando chinelos e um chapéu. Ao passar pelo raio-X da Casa, ele mostrou portar apenas uma carteira e uma chave, que aparenta ser do carro que explodiu próximo ao mesmo anexo.
“Tiü França” e as teorias da conspiração
Nas redes sociais, Francisco tinha um perfil ativo e compartilhava conteúdos relacionados a política, religião e teorias da conspiração. O autor das explosões em Brasília acreditava na existência do QAnon (teoria de extrema-direita em que adeptos da esquerda são adoradores de Satanás, pedófilos e canibais).
Além disso, também publicava frequentes críticas aos ministros do STF, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos líderes da Câmara dos Deputados e Senado Federal. Em postagens recentes, Francisco escreveu que o dia 15 de novembro, feriado de Proclamação da República, seria “especial para iniciar uma revolução”.
Testemunhas relataram às autoridades que o autor das explosões em Brasília usava roupas que lembravam o personagem Coringa, vestindo um terno personalizado com naipes de cartas. Um chapéu branco foi encontrado ao lado do corpo. Ele morreu ao acionar um explosivo próximo à própria cabeça.
*com informações do Portal R7