Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, comprou mais de R$ 1,5 mil em fogos de artifícios em uma loja de Ceilândia, no Distrito Federal, nos dias 5 e 6 de novembro. O homem morreu após detonar explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na noite desta quarta-feira (13).
Francisco fez duas compras na loja. A primeira, no dia 5, foi de R$ 295; segunda compra custou R$ 1.250, no dia 6. Os dois pagamentos foram feitos em um cartão de débito. A apuração foi feita pela TV Globo. Assista ao vídeo:
Imagens da câmera de segurança da loja, obtidas pela Polícia Civil, mostram Francisco Wanderley na loja, já no balcão de pagamentos com uma caixa de fogos de artifício. Depois de pagar pelo produto, o homem deixou o local.
De acordo com a Polícia Civil, a loja não está irregular e não fez uma venda proibida. Os comerciantes prestaram depoimento e estão ajudando a polícia com as informações necessárias. Francisco teria modificado os fogos de artifício de forma caseira para que as explosões ficassem mais potentes.
O atentado
Francisco, também conhecido como “Tiu França”, deixou um carro perto da Câmara dos Deputados, carregado de fogos de artifício e tijolos, que explodiu por volta das 19h30 da noite de quarta-feira (13). Ninguém se feriu.
Uma segunda explosão, 20 segundos depois, aconteceu em frente à sede do Supremo Tribunal Federal. Segundo as autoridades de segurança, o homem se matou após tentar e não conseguir entrar no STF. Ao ser abordado por um segurança, ele jogou explosivos em direção à marquise do edifício e na estátua da Justiça, antes de se deitar deliberadamente sobre a bomba e detoná-la junto à nuca.
Em depoimento para os agentes da PF em Santa Catarina, a ex-mulher de Francisco disse que o principal alvo era Alexandre de Moraes, ministro do STF. “Ele falou que mataria ele e se mataria”, disse.