Rosane Farah, responsável técnica do Instituto Gremar, revela os bastidores do trabalho de resgate, reabilitação e soltura de animais marinhos, aves e silvestres no litoral paulista. Ela descreve a realidade intensa e desafiadora enfrentada pelos profissionais, que vai além do que muitos imaginam, incluindo tensão, adrenalina e, às vezes, tristeza com as perdas. Baixada em Pauta: Rosane Farah, bióloga do Instituto Gremar, é a convidada da semana
Basta o tempo esfriar para as ocorrências de resgates de animais nas praias do litoral de São Paulo aumentarem. Durante o inverno, é mais comum receber nas praias da Baixada Santista pinguins e lobos-marinhos. Na maioria das vezes, porém, essa visita indica que algo não vai bem. Estão cansados, debilitados ou já mortos.
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O trabalho de resgate e cuidados desses animais é realizado por algumas instituições como o Instituto Gremar. O Baixada em Pauta conversou com a bióloga e responsável técnica da ONG, Rosane Farah, que contou a rotina dos profissionais que atendem aos chamados para atender os animais.
Rosane contou que tem muito prazer em trabalhar ajudando os animais, mas ressaltou que, diferente do que as pessoas muitas vezes acreditam, a profissão tem muitos momentos de dor e tensão, com a urgência demandada e pelas perdas.
“A parte emocional é algo muito desafiador para todos nós. O nosso desejo é que todos os animais chegassem, a gente fizesse o resgate, a reabilitação, tudo bonitinho, e a soltura deles, mas nem todos, infelizmente, a gente tem um final feliz”, disse ela.
Rosane aproveitou para orientar que as pessoas não toquem nos animais nas praias. Lembrou que estão debilitados, doentes e, inclusive, pode transmitir doenças.
Por conta disso, em caso de encontro de animais nessas situações, ela orienta a ligar para o Gremar e pedir ajuda: (13) 3395-7000.
Pinguins foram soltos em alto-mar
Instituto Gremar/Divulgação
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