

Votação sobre a mudança do nome do campus da UFSC foi adiada mais uma vez nesta sexta-feira (13) – Foto: DCE Luís Travassos/@dce.ufsc.,luistravassos/Instagram
A decisão pela mudança do nome do campus da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) foi adiada mais uma vez nesta sexta-feira (13). Na sessão extraordinária do CUn (Conselho Universitário), que começou às 14h no Auditório Garapuvu e se encerrou por volta das 17h, a votação não teve prosseguimento.
O motivo foi um um pedido de vista feito pelo conselheiro Alexandre d’Ávila da Cunha, representante da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina). A próxima sessão do CUn acontecerá na terça-feira (17), com o parecer do conselheiro Cunha.
Discussão sobre mudança do nome do campus da UFSC se estende por anos
A controvérsia teve início em 2018, quando a CMV recomendou a reavaliação de homenagens prestadas a pessoas vinculadas a violações de direitos humanos. Segundo o relatório de mais de 400 páginas elaborado pela comissão, Ferreira Lima – primeiro reitor da universidade, com mandato entre 1962 e 1972 – teria colaborado com órgãos de repressão, além de perseguir professores e estudantes. Ele morreu em 2001, aos 91 anos.
Os familiares do ex-reitor contestam o relatório, alegando ausência de direito ao contraditório e à ampla defesa. Os advogados da família afirmam que a comissão desconsiderou o contexto histórico e as contribuições de Ferreira Lima à universidade. Por outro lado, professores e alunos defendem a retirada do nome como um ato de reparação histórica.

Com a mudança do nome do campus da UFSC, homenagens a Ferreira Lima devem ser retiradas – Foto: Salvador Gomes/UFSC/Divulgação/ND
O Conselho Universitário, instância máxima de deliberação da UFSC, analisa as provas apresentadas pela comissão em sessões abertas.