
O preço do tomate em Florianópolis teve alta de 61,13% em março, em comparação com o valor do produto no mês anterior. O percentual é o maior observado em todo o país, segundo pesquisa divulgada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) na segunda-feira (7).

Preço do tomate em Florianópolis teve a maior alta do Brasil em março, aponta Dieese – Foto: Leo Munhoz/ND
A alta no custo do tomate foi observada em 13 das 17 capitais analisadas pelo instituto. Além da capital catarinense, as outras duas capitais da região Sul tiveram aumentos significativos: Curitiba (52,13%) e Porto Alegre (49,68%). O Dieese estima que a menor oferta da safra de verão seja a explicação para a elevação de preços do tomate na maior parte das cidades.
Além do tomate, o arroz branco apresentou alta de 2,12% em Florianópolis. O preço do alimento também aumentou em São Paulo (4,65%). Nas outras 15 capitais analisadas, o valor do produto diminuiu de fevereiro para março.
Com alta no preço do tomate, cesta básica fica mais cara em Florianópolis
A cesta básica ficou mais cara em Florianópolis em março, registrando uma elevação de 3%. A capital catarinense se manteve como a terceira cesta básica mais cara do Brasil, com o preço para compra dos itens chegando a R$ 831,92.

Florianópolis tem a terceira cesta básica mais cara do Brasil e preço total chega a R$ 831,92 – Foto: Reprodução/ND
Ao contabilizar os três primeiros meses de 2025, Florianópolis teve um aumento total de 2,77% no preço da cesta. Atualmente, o valor da cesta na capital catarinense representa 59,25% do salário mínimo.
As capitais com a cesta básica mais cara
- São Paulo – R$ 880,72 (+2,35%);
- Rio de Janeiro – R$ 835,50 (+2,53%);
- Florianópolis – R$ 831,92 (+3,00%);
- Porto Alegre – R$ 791,64 (+2,85%);
- Campo Grande – R$ 788,58 (+1,89%);
- Brasília – R$ 782,65 (+1,34%);
- Curitiba – R$ 772,83 (+3,61%);
- Vitória – R$ 762,94 (+2,34%);
- Goiânia – R$ 754,06 (+1,99%);
- Belo Horizonte – R$ 744,10 (+2,49%).
Os produtos da cesta básica
Em decreto publicado em 2024, o Ministério do Desenvolvimento Social detalhou os alimentos que estão inclusos na nova cesta básica. A medida teve como objetivo ampliar a lista de alimentos e incluir mais itens in natura. Compõe a nova cesta:
- Arroz;
- Leite integral, desnatado e semidesnatado fluido e concentrado, fórmulas infantis;
- Manteiga;
- Margarina;
- Feijões (os mais comuns como carioca, preto, branco, vermelho);
- Café;
- Óleo de babaçu;
- Farinha de mandioca e tapioca;
- Farinhas, grumos e sêmolas de milho;
- Farinha de trigo;
- Macarrão (a versão minimamente processada);
- Pão de sal· Aveia (farinhas, grãos);
- Carnes bovinas, suínas, ovina, caprina, de aves e peixes;
- Queijos (muçarela, minas, prato, coalho, ricota, requeijão, provolone, parmesão, fresco e do reino);
- Sal;
- Erva-mate.