
O litro do diesel fica R$ 0,17 mais barato a partir desta terça-feira (1º) nas refinarias. O anúncio da redução de 4,6% no preço do combustível foi feito nesta segunda-feira (31) pela presidente da Petrobras, Magda Chambriard. Com isso, o valor médio do diesel A da Petrobras cai de R$ 3,72 para R$ 3,55 por litro.

Car refueling at fuel station – Foto: Freepick/Divulgação/ND
Essa redução vem 59 dias após uma alta de 6,29% (R$ 0,22 por litro), no fim de janeiro. O valor chegou a superar o da gasolina comum nos postos de combustíveis do país.
Além disso, em fevereiro, houve reajuste das alíquotas de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os combustíveis, nos estados.
Na última semana, segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o preço médio do litro do diesel S10 estava em R$ 6,40 e o da gasolina, R$ 6,32. Só que o preço do diesel afeta diretamente o custo dos fretes e tem impacto em toda a economia, principalmente para a inflação de alimentos.

Petroleira desapontou acionistas após divulgar resultados dos lucros de 2023 – Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil/Reprodução/ND
A presidente da Petrobras disse que, reajustados pela inflação, os preços atuais dos combustíveis da Petrobras estão “bem abaixo” de 31 de dezembro de 2022, ao fim do governo Jair Bolsonaro. A gasolina, disse, está 11,7% abaixo do patamar daquele período, o diesel está 19% abaixo.
Segundo os dados da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o preço do diesel nas refinarias da Petrobras está em média 2% acima do praticado no mercado internacional. Enquanto a gasolina está 2% mais baixa.
Impacto da redução do diesel na inflação
O aumento do combustível pressiona a inflação, em meio à discussão do governo federal para tentar frear os preços, principalmente, de alimentos.
Em fevereiro, a inflação oficial do país acelerou para 1,31% e alcançou o maior índice para o mês desde 2003. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumula em 12 meses 5,06%, acima da meta estabelecida pelo Banco Central, de 4,5%.
No grupo dos transportes o aumento foi de 0,61%, influenciado pela alta dos combustíveis, de 2,89%:
- Óleo diesel (4,35%)
- Etanol (3,62%)
- Gasolina (2,78%)
Entre as principais causas que afetam o preço dos combustíveis estão a alta do dólar, que encarece a importação e insumos, além de custos logísticos, que variam conforme as distâncias percorridas e as condições de infraestrutura de cada região.
O preço médio do litro da gasolina terminou o ano de 2024 em R$ 6,14, um aumento de 9,6% em relação ao valor cobrado nos postos de combustível do país, em dezembro de 2023, que era de R$ 5,60. Já o etanol subiu 18% no mesmo período, passando de R$ 3,42 para R$ 4,11 o preço médio do litro.
No mesmo período, o diesel foi de R$ 6,02 para R$ 6,11 o litro, elevação de 1,5%. Os dados são da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
*Com informações do R7