Tecnologia garantirá recuperação ambiental do RS após enchentes

Chuvas destruíram o Rio Grande do Sul, em maio de 2024Agência Brasil

Tecnologias desenvolvidas na Universidade Federal de Viçosa (UFV) vão garantir a recuperação ambiental do Rio Grande do Sul após as enchentes que destruíram o estado no ano passado.

A parceria foi oficializada na última sexta-feira (28), no Palácio Piratini, em Porto Alegre, marcando o lançamento do Projeto Reflora, cujo objetivo é recuperar a flora nativa do Rio Grande do Sul afetada pelas enchentes de maio de 2024, por meio da utilização de tecnologias inovadoras desenvolvidas por pesquisadores da UFV para a produção de mudas de espécies florestais nativas.

Essas tecnologias, capazes de resgatar o DNA e criar cópias das plantas da região, foram utilizadas em Minas Gerais, após o rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho, cujos desastres ambientais são muito similares ao que ocorreu nas margens dos rios gaúchos.

Família na varanda de casa; ao fundo, horizonote devastadoAgência Brasil

A iniciativa é realizada por meio das secretarias da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), em conjunto com a CMPC, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e diversas instituições de ensino públicas e privadas do RS.

O projeto foi registrado na Universidade com o nome Resgate de DNA e indução de florescimento ultraprecoce de recursos genéticos de alta relevância ambiental em áreas afetadas pelas enchentes de 2024 no Rio Grande do Sul.

Recuperação 

Mais de seis mil mudas de 30 espécies florestais nativas, dos biomas Pampa e Mata Atlântica, vão ser plantadas no estado.

Cidades gaúchas ficaram alagadasAgência Brasil

O projeto deve durar três anos e os principais passos serão a coleta de DNA em campo para as mudas, enxertia, florescimento das mudas e plantio nas principais regiões atingidas pelas enchentes.

Para alavancar a recuperação ambiental do RS, a UFV cederá para universidades gaúchas e o governo do estado a tecnologia Resgate de DNA e aceleração de florescimento de espécies nativas, que já é uma patente da instituição. Durante a cessão, não haverá cobrança de royalties pelo uso da tecnologia.

O projeto será coordenado por pesquisadores da Universidade e envolverá um investimento de cerca de R$ 7,5 milhões, sendo R$ 2,86 milhões da empresa de celulose CMPC, R$ 2,34 milhões da Embrapii e R$ 2,30 milhões de contrapartida econômica da UFV. Por meio dele, serão financiadas bolsas para professores e para estudantes de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado.

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