Escritor, que ocupou a presidência da instituição por quatro vezes, estava internado há seis meses com uma infecção respiratória. Escritor Marcos Vilaça morreu aos 85 anos
Jornal Nacional
O advogado, poeta, jornalista e professor Marcos Vilaça teve uma broncoaspiração e morreu aos 85 anos neste sábado (29). Ele estava internado há seis meses com uma infecção respiratória.
Vilaça nasceu em Nazaré da Mata, na Zona da Mata de Pernambuco. Por 30 anos, deu aulas na Faculdade de Direito do Recife, onde também se formou.
Foi um grande defensor da democracia, dos direitos sociais e da cultura no Brasil. Ocupou o cargo de chefe da Casa Civil do governo de Pernambuco e presidiu o Tribunal de Contas da União.
Na literatura, Marcos Vilaça construiu uma carreira notável com suas poesias, ensaios, crônicas, romances e estudos sociológicos.
“Um homem com uma antena muito interessante e voltada para o povo brasileiro, para as expressões, para o poder e para aquilo que me pareceu essencial: a mudança da Academia Brasileira de Letras”, diz o escritor Marco Lucchesi.
Em abril de 1985, Marcos Vilaça foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, onde passou 40 anos. Ele ocupou a presidência da instituição por quatro vezes.
“Foi um grande inovador. Ele trouxe para dentro da Academia a cultura popular. Sempre achou fundamental juntar a cultura popular com a cultura erudita. Ele foi um desbravador”, diz Merval Pereira, presidente da Academia Brasileira de Letras
Marcos Vilaça deixa dois filhos e cinco netos. O corpo do escritor vai ser cremado neste domingo (30). As cinzas serão lançadas na Praia de Boa Viagem, onde também foram espalhadas as cinzas da mulher dele, Maria do Carmo. Ela foi a primeira namorada e a companheira de uma vida inteira do escritor.
“Ele hoje está nos braços da minha avó, e fica seu legado, suas virtudes, seu senso de família, de união, de generosidade. Meu avô realmente foi um ser humano único”, conta Illana Mendonça, neta do escritor.
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