Plataforma usa inteligência artificial para conectar tutores e cria ‘rede de encontros’ para pets de raças semelhantes


Criado em 2019 por dois empresários de Ribeirão Preto (SP), aplicativo quer promover o bem-estar dos animais e auxiliar pessoas. Cachorrinhos Oreo Salsicha e Cookie Caroline fazem parte do ‘Clube dos Salsichanos’ de Ribeirão Preto, SP
Foto: Arquivo Pessoal
Uma rede social para pets desenvolvida por dois amigos e empresários de Ribeirão Preto (SP) tem chamado a atenção de tutores, protetores e profissionais de saúde animal.
Criada em 2019, a OurPet funciona de maneira semelhante a uma rede social tradicional, com perfis para os pets, compartilhamento de fotos e histórias, e interação entre os amantes dos bichinhos.
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O aplicativo está presente em 20 estados brasileiros, além de Chile, Peru, Estados Unidos, Canadá e Inglaterra e usa inteligência artificial para conectar pessoas com pets de raças semelhantes que moram em locais próximos, criando uma espécie de ‘rede de encontros’.
Foi assim que a influenciadora digital Suelen Dacanal, de Ribeirão Preto conheceu a ferramenta. Apaixonada por Dachshunds, ela sempre buscou uma plataforma onde pudesse compartilhar informações sobre a raça e se aproximar de outros tutores.
Para Suelen, era importante deixar as pessoas alertas para cruzamentos inadequados, como aconteceu com Oreo e Cookie, os dois cães adotados por ela.
“O Oreo foi doado, e a Cookie, resgatada. Eles vieram de cruzamentos errados dentro da raça, o que pode gerar filhotes com problemas de visão e audição. O irmãozinho do Oreo, por exemplo, nasceu cego e surdo e acabou falecendo. Já a Cookie tem dificuldades de visão, audição e também problemas de pele”.
Oreo Salsicha é pet influencer de Ribeirão Preto, SP
No aplicativo, ela encontrou a oportunidade de conhecer gente nova por meio dos cães da mesma raça que os dela.
“A gente passa uma manhã juntos, às vezes tem temas especiais e até parcerias. Hoje tenho grandes amigas, que conheci através dos cachorrinhos”.
Encontro do ‘Clube dos Salsichanos’ no Parque Olhos D’ Água em Ribeirão Preto, SP
Foto: Arquivo Pessoal
A protetora de animais Amanda Gonçalves, também de Ribeirão Preto, usa o aplicativo de maneira diferente. Para ela, a principal função é auxiliar na adoção de pets resgatados.
“A gente manda as fotos dos cães e eles colocam no aplicativo, então tem uma visibilidade maior com as pessoas entrando em contato para adotar esses animais”.
Lino, um cachorrinho resgatado após ser queimado com ácido e creolina, foi adotado por uma professora por meio da rede social.
“Ele foi todo queimado e ficou todo deformado. Hoje está muito bem. O sistema ajuda a garantir que o adotante realmente tenha condições de cuidar do animal, o que é fundamental para evitar o abandono depois”.
Lino foi adotado por meio de plataforma desenvolvida por empresários de Ribeirão Preto exclusivamente para pets
Arquivo pessoal
Rede social para pets
O aplicativo surgiu a partir de uma ideia dos amigos e empresários Silvio Cabral e Rafael Barioni, que queriam uma ferramenta com o objetivo de promover o bem-estar dos animais.
“É uma rede social para animais. A principal função do aplicativo é ajudar a encontrar animais perdidos, mas ele também oferece recursos para adoção consciente e a possibilidade de combinar encontros entre animais da mesma espécie”.
Plataforma ‘OurPet’ criada pelo CTO Silvio Cabral de Ribeirão Preto, SP
Foto: Reprodução/OurPet
A plataforma tem até match, com a função unir um possível adotante a um animal que precisa ser adotado.
“Temos um sistema que, além de facilitar a localização de pets perdidos, também garante que a adoção seja feita de forma responsável. Para isso, o adotante passa por uma verificação para garantir que ele está apto a adotar e cuidar do animal”.
Segundo Silvio, dentro da plataforma foi possível reduzir em 100% a taxa de devolução de animais adotados.
“Antes de adotar, o usuário precisa preencher um questionário e passar por uma verificação, que inclui uma pesquisa sobre o histórico do adotante em relação a maus-tratos ou abandono de animais”.
*Sob a supervisão de Flávia Santucci
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