Assassinato de venezuelano por dono de bicicletaria pode ter sido motivado por R$ 300, diz polícia


Segundo polícia, uma bicicleta da vítima passou por conserto na bicicletaria do investigado. Porém, serviço foi mal efetuado e ela exigiu R$ 300 pagos pelo restauro de volta. Defesa de Jean Couan Kruger diz que ele agiu em legítima defesa. Após briga, homem é assassinado a tiros e tem corpo arrastado para dentro de bicicletaria
O assassinato do venezuelano Guillermo Rafael de Maria Montes, de 42 anos, pode ter sido motivado por uma discussão por R$ 300 com o suspeito de cometer o crime, Jean Couan Kruger.
Guilhermo foi morto a tiros no Centro da capital e teve o corpo arrastado para dentro da bicicletaria que pertence ao autor do crime. O crime foi durante a manhã do dia 3 de março. Assista ao vídeo acima.
✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp
✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram
O suspeito fugiu após o assassinato e se apresentou à polícia após o período de flagrante. Ele foi preso preventivamente nesta quarta-feira (12).
De acordo com a delegada Camila Cecconello, que investiga o caso, duas versões da motivação da confusão chegou à polícia. A primeira delas, vinda do autor do crime, que alegou que a vítima era agiota e estava cobrando uma dívida.
A outra, relatada por amigos de Guilhermo, diz que meses antes uma bicicleta da vítima passou por conserto na bicicletaria do suspeito. Porém, o serviço foi mal efetuado e Guilhermo exigiu os R$ 300 pagos pelo restauro de volta.
A expectativa é que Jean Couan Kruger passe por audiência de custódia na tarde desta quarta-feira (12).
Por meio de nota, o advogado Raphael Maik, responsável pela defesa do suspeito, afirmou que Jean “agiu em legítima defesa, para proteger a própria vida e a da família, em razões de ameaças dirigidas por Guillhermo, decorrentes de uma dívida”.
A defesa considerou que a prisão preventiva foi executada de maneira arbitrária e que Jean sempre se demonstrou à disposição para quaisquer esclarecimentos para a autoridade.
LEIA TAMBÉM:
‘Marechal’ Rubens Paiva: Erro em rua no Paraná é percebido após mais de 30 anos de nomeação
Polícia: Ciclista é preso ao ser encontrado apenas com camiseta e shorts preto pintado no próprio corpo
Trânsito: Idoso morre após ser atropelado por motorista bêbado enquanto caminhava na calçada
Suspeito comentava desde janeiro intenção de matar vítima, diz polícia
Assassinato de venezuelano por dono de bicicletaria pode ter sido motivado por R$ 300, diz polícia
Reprodução/RPC
Segundo Cecconello, o celular de Jean Couan Kruger passou por uma perícia que identificou mensagens dele em janeiro afirmando que pretendia matar a vítima.
“Foi feito uma análise preliminar no celular do suspeito que aponta que ele comenta desde janeiro sobre a vítima. Que ele fala que tem vontade de matar a vítima, e que vai efetuar disparos contra a vítima. Isso a gente viu através do celular dele, desde janeiro essa intenção de cometer o assassinato”, detalha a delegada.
Suspeito mentiu em depoimento
No dia do crime, câmeras de segurança filmaram o momento em que Jean discute com Guillermo.
Em seguida, eles entram em luta corporal. Durante a briga, Jean saca uma arma e dispara várias vezes contra Guilhermo, que cai no chão. O suspeito arrasta o corpo da vítima para dentro do estabelecimento e fecha a porta do local.
Após o crime, Jean fugiu. Na noite seguinte, 4 de março, após o período de flagrante, o suspeito se apresentou à Polícia Civil e disse que agiu em legítima defesa.
Ele também afirmou à polícia que foi ameaçado pela vítima que estava cobrando uma dívida dele e que a arma usada no crime era de Guillermo.
Nesta quarta, a polícia informou que Jean estava armado e que mentiu no depoimento sobre a arma ser do venezuelano.
A prisão preventiva de Jean foi decretada pelo Poder Judiciário. Ele foi encaminhado ao sistema penitenciário.
Homem que matou venezuelano a tiros é preso em Curitiba
Suspeito já foi condenado por tentativa de homicídio de outro homem
Jean também já foi condenado a nove anos de prisão pela tentativa de homicídio de uma pessoa em situação de rua, em 2012.
Segundo a denúncia, Jean, na frente de um adolescente, agrediu a vítima com uma barra de ferro. Conforme o documento, o homem ainda arrastou a vítima, que estava desmaiada, até o meio da rua, e a agrediu com chutes na cabeça.
Em 2017, Jean foi julgado e condenado por corrupção de menores e tentativa de homicídio qualificado por meio cruel.
Ao longo do processo, Jean afirmou que as agressões foram motivadas pela suspeita de que a vítima traficava drogas e cometia furtos em frente a bicicletaria que pertencia a ele e ficava próxima ao Terminal do Guadalupe, em Curitiba.
Segundo o Tribunal de Justiça do Paraná, o processo foi arquivado em 2023. O órgão não informou o motivo do arquivamento.
VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná
Leia mais notícias no g1 Paraná.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.

Os comentários estão desativados.