Carnavalesco João Vitor Araújo conta como teve que recusar convite de Laíla para ir para Beija-Flor há anos: ‘Ficou P da vida’


Campeão com enredo que homenageia Laíla, João diz que se sente muito grato pela porta aberta pelo diretor de carnaval anos atrás. Ele também disse que Laíla foi ‘uma espécie de guia’ durante o desfile. RJ1 recebe Neguinho da Beija-Flor e o carnavalesco João Vítor Araújo no estúdio
O carnavalesco João Vitor Araújo, campeão solo com a Beija-Flor de Nilópolis em 2025, conta que em 2017 foi convidado por Laíla para integrar a comissão de carnaval da escola, mas tinha acabado de assinar com a Unidos de Padre Miguel.
“Eu estava fazendo as fotos de divulgação na escola e quando vi tinham 9 chamadas não atendidas no meu telefone. Eu pensei: ‘alguém morreu, minha casa pegou fogo, tem alguém tentando falar desesperadamente comigo’. Quando retornei, era o Laíla”, relembra.
Em uma conversa com o g1, ele revelou: “Aquela voz engraçada, ele perguntou ‘sabe quem está falando aqui? É o Laíla’, e eu pensei ‘caramba'”.
Em seguida, Laíla chamou ele para uma reunião no dia seguinte no barracão da escola.
“Quando eu cheguei no barracão, era aquela mesa enorme, lotada de gente. Todo mundo esperando um sim meu. Foi uma decepção porque eu disse que não podia ficar, mas estava indo para agradecer. O Laíla ficou P da vida, fechou a cara e disse: ‘então era melhor você não ter vindo’. Imagina como eu fiquei, mas o Almir, hoje presidente da escola, falou para eu ficar calmo, acalmou o Laíla”, conta.
Enquanto João contava a história dele com o carnaval, Laíla esperou ele finalizar e disse: “Reunião encerrada. Almir, se vira porque eu quero ele”.
Para o carnavalesco, foi esse momento que garantiu a porta aberta para que ele então aceitasse o convite da escola anos depois e esse ano garantisse o primeiro título no Grupo Especial do Rio.
“O Almir não tirou os olhos de mim. Se eu estou comemorando esse título, é graças ao Laíla e ao Almir. É uma história que já tem 8 anos. Há 2 anos ele me convidou para fazer parte da escola como carnavalesco solo depois de anos e anos da Beija-Flor tendo uma comissão de carnaval. Olha a responsabilidade”, conclui ele.
Laíla representado em carro da Beija-Flor
Alex Ferro/Riotur
João Vitor Araújo foi contratado em 2023 depois das saídas de André Rodrigues e Alexandre Louzada. Ele começou a trabalhar no carnaval como assistente de carnavalescos, passando por barracões de escolas de samba como Portela e Mangueira
“Sou só mais uma pecinha dessa engrenagem. Eu trabalho dentro da Beija-Flor para que a escola saia vitoriosa. Ano passado foi um ano difícil pra gente, não conseguimos. Então, nós sofremos calados durante um ano, mas ali trabalhando pra buscar o melhor resultado. Com muito amor, com muito carinho, com muito respeito”, disse o carnavalesco.
“O Laila foi uma espécie de guia pra mim o tempo todo, desde o início do desfile. Pra quem crê na espiritualidade, como eu creio, ele esteve presente o tempo todo. O que eu sempre falava, de orientação, de sonho, de sinais pra que eu seguisse o caminho certo, pra que eu fizesse tudo certinho do jeito que ele gostaria que fosse, e deu certo”, afirma.
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