Animal foi encontrado ferido na BR-101, em São Mateus, no Norte do estado. Tamanduá-mirim é resgatado na BR-101, tratado e devolvido à natureza em São Mateus, no Espírito Santo.
ECO 101
Após receber cuidados médicos durante cinco dias, um tamanduá-mirim foi devolvido à natureza na tarde desta quinta-feira (27), em São Mateus, no Norte do Espírito Santo. O animal foi encontrado às margens da BR-101, no último dia 22, com fortes indícios de atropelamento.
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O resgate aconteceu no km 86,4, na zona rural do município, por uma equipe de inspeção de tráfego da concessionária que administra a via.
O tamanduá-mirim apresentava muita fraqueza e não conseguia se mexer, por isso, foi levado para um hospital veterinário no centro da cidade.
“Ele estava muito fraco, bem letárgico, cansado, sem conseguir se movimentar. No hospital foi constatado que ele tinha uma contusão pulmonar e algumas escoriações no corpo, característicos de atropelamento”, explicou a bióloga analista de Sustentabilidade, Grazielli Melo Pena.
Em vídeo gravado na clínica, uma das profissionais que cuidou do animal comemora a evolução do quadro clínico, quando o tamanduá volta a conseguir beber água sozinho. (assista abaixo o momento e também a soltura).
Tamanduá-mirim atropelado é resgatado em rodovia e tratado em São Mateus
A faixa nas patas dianteiras tinham função de proteger o animal e a equipe no momento do manejo, não havia sinais de queimadura.
O animal silvestre foi solto na tarde desta quinta (27), no mesmo local onde foi encontrado. O momento foi acompanhado por especialistas.
“A recuperação e reintrodução de animais feridos na natureza desempenham um papel crucial na manutenção do equilíbrio ecológico, ajudando a preservar a biodiversidade, assegurar a continuidade das espécies e garantir o funcionamento saudável dos ecossistemas locais”, avaliou a bióloga.
Animais atropelados
Gambá-de-orelha-preta.
Henry Stranz / Projeto Dacnis
Segundo a Grazielli, o tamanduá-mirim está no top 5 dos animais mais encontrados e atropelados às margens da BR-101, no Espírito Santo.
“O campeão entre os mamíferos é o gambá-de-orelha-preta, tanto atropelado como resgatado, devido a densidade populacional na região. Temos também o cachorro do mato, conhecido como raposinha; o tamanduá-mirim; a capivara e o sagui. Já entre animais silvestres de outros grupos, temos o anu-preto e a seriema, entre as aves; e a jiboia que lidera no grupo dos répteis”, apontou a bióloga.
Prudência dos motoristas
De acordo com a bióloga, o respeito ao limite de velocidade é o principal fator de contribuição para evitar atropelamentos de fauna nas rodovias.
BR-101, Espírito Santo.
ANTT
“No final do ano passado, nós fizemos um pleito com a PRF, em parceria com ICMBio, para reduzir a velocidade dentro do trecho da Reserva Biológica de Sooretama, também no Norte do estado, que é o trecho mais crítico da nossa concessão. E conseguimos reduzir a velocidade de 80 para 60km/h. O foco era a redução de acidentes, principalmente, de mamíferos de médio e grande porte, que provocam mais risco e se deslocam mais. Mas, não dá pra fazer isso na rodovia toda, então é preciso conscientização dos motoristas, entendendo que também estamos em uma área dos animais”, disse.
Segundo a bióloga, o período em que a atenção deve ser redobrada é o entardecer e noite, que é quando os animais de deslocam mais e já está mais escuro para os motoristas.
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Contato via telefone e rede social
A Eco 101, concessionária que administra a via, informou que realiza o trabalho de resgate de animais silvestres encontrados feridos ou em situação de risco na rodovia.
Quem se deparar com esse tipo de situação, deve fazer contato pelo telefone 0800 77 01 101, que também é Whatsapp. Os animais resgatados são encaminhados para centros de reabilitação, onde recebem os cuidados necessários e são posteriormente devolvidos à natureza.
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