‘É regra para ninguém cumprir’, diz diretora do Procon-SC sobre filas nos pedágios da BR-101

Desrespeito envolvendo os motoristas, nas praças de pedágios da BR-101, em Santa Catarina, tem sido sinônimo de grande dor de cabeça em 2025 pelo tempo de espera superior a 10 minutos.

Procon esteve na praça de pedágio do trecho Sul da BR-101 – Foto: Procon-SC/Divulgação/ND

Tamanho incômodo levou o Procon-SC até as praças administradas por Arteris Litoral Sul (trecho Norte) e CCR Via Costeira (trecho Sul), em busca de soluções para o consumidor.

A diretora do órgão no Estado, delegada Michele Alves, conversou com a Coluna Bom Dia.

O que foi apurado na fiscalização às praças de pedágio?

Michele Rabelo – Percebemos que a informação [sobre o tempo máximo de espera na praça de pedágio] não é clara ao consumidor. 

Há uma faixa pintada na rodovia para indicar e não há distinção para o consumidor saber até onde vai o perímetro indicando que as cancelas devem ser automaticamente abertas.

É confuso. É difícil o motorista fazer prova de que ficou no local acima do tempo estabelecido em contrato.

Michele Corrêa Rabelo, diretora do Procon-SC – Foto: Divulgação/ND

E como está o caminho para o consumidor fazer sua reclamação?

Michele Rabelo – O fiscal da ANTT falou, informalmente, que eles fazem a fiscalização em relatórios encaminhados pelas concessionárias a cada dois meses.

A gente viu que é uma regra para ninguém cumprir. O nosso movimento maior começou na semana do dia 6 de janeiro devido ao volume de reclamações e desde lá estamos tentando entender, junto a ANTT, como funciona e como melhor proceder para não lesar tanto o consumidor. 

O que o Procon-SC pode fazer nesse momento?

Michele Rabelo – Depois que a gente fez o barulho, apareceram deputados estaduais e federais. Isso é bom, tem que cobrar em Brasília e impactar diretamente aqui. É importante que a ANTT esteja com a gente.

Eu já dei diferentes sugestões. Uma delas é placas de led bem visíveis, eu, como consumidora, preciso saber quanto tempo eu vou precisar ficar ali. Para eles é custo baixíssimo, mas eles precisam querer. 

A gente quer mudar a postura, a cultura deles. Não adianta ficar cobrando nas praças, não é o nosso papel. A gente quer mudar a maneira. E nós vamos ficar em cima até que eles resolvam essa situação. 

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