Brumadinho: mais de 6 anos após tragédia, Polícia Civil identifica mais uma vítima do rompimento de barragem da Vale


Tragédia deixou 270 pessoas mortas. A corretora Maria Lurdes da Costa Bueno morta na tragédia de Brumadinho (MG) São José do Rio Pardo (SP)
Reprodução/Facebook
Mais de seis anos após o rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) identificou, na noite desta quinta-feira (6), mais uma vítima da tragédia.
Trata-se de Maria de Lurdes da Costa Bueno, de 59 anos, identificada por meio de exame antropológico. Ela era natural de São Paulo.
Segmentos da vítima foram encontrados na área de buscas pelas vítimas do rompimento da barragem na manhã desta quinta e incluíam um fêmur com prótese.
Tenente Henrique Barcellos, do Corpo de Bombeiros de MG, explica operação de buscas em Brumadinho
TV Globo/ Reprodução
A tragédia da Vale em Brumadinho deixou 270 pessoas mortas, das quais duas nunca foram localizadas. São elas:
◾️ Nathália de Oliveira Porto Araújo, de 25 anos, estagiária da Vale que estava no horário de almoço, conversando com o marido por telefone, no momento do colapso da estrutura;
◾ e Tiago Tadeu Mendes da Silva, de 34 anos, engenheiro mecânico recém-formado que tinha sido transferido para a mina em Brumadinho cerca de 20 dias antes da tragédia.
Maria de Lurdes da Costa Bueno, Nathália de Oliveira Porto Araújo e Tiago Tadeu Mendes da Silva
Arquivo pessoal
De acordo com o tenente Henrique Barcellos, os segmentos foram encontrados pouco antes das 9h em uma área de buscas chamada “remanso 4”. O local fica a aproximadamente 2 km da Pousada Nova Estância, destruída pela lama (veja mapa abaixo).
“A operação Brumadinho gerou uma mancha de aproximadamente 10 km lineares e mais de 30 km de perímetro. […] O remanso significa aquela área onde o fluxo de lama perde a velocidade e vai mudar de direção”, explicou.
Caminho da lama em Brumadinho
Luisa Rivas – Arte/g1
Faz mais de dois anos desde que uma vítima da tragédia foi identificada pela última vez. Trata-se de Cristiane Antunes Campos, funcionária da Vale que atuava como supervisora de mina. A identificação, por meio de exames de DNA, foi confirmada em dezembro de 2022.
Buscas
Seis anos depois, o Corpo de Bombeiros mantém as buscas pelas vítimas ainda não encontradas.
Os militares atuam com o apoio de estações de busca, que processam o material recolhido por máquinas e separam os fragmentos maiores dos mais finos. Os bombeiros são treinados para inspecionar visualmente tudo o que passa pelas esteiras e, desde o fim do ano passado, contam com a ajuda de inteligência artificial nesse processo.
Ao longo de 2024, a Polícia Civil recebeu 20 segmentos humanos localizados pelos bombeiros na área de buscas.
Bombeiros fazem busca por corpos na região do Córrego do Feijão, em Brumadinho, dois dias depois do rompimento da barragem
Douglas Magno/AFP
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