![](https://static.ndmais.com.br/2025/02/placa-oceanica-se-rompe-1.jpg)
O que acontece quando uma placa oceânica se rompe? A Universidade de Göttingen, na Alemanha, vem acompanhando este fenômeno de perto após a placa oceânica Neotethys, que formava o fundo do mar entre os continentes árabe e euroasiático, começar o processo de fragmentação horizontal sob a superfície terrestre.
![Vegetação verde Imagem de montanha Zagros com vegetação](https://static.ndmais.com.br/2025/02/placa-oceanica-se-rompe-1-800x420.jpg)
Placa oceânica se rompe: as montanhas Zagros e os sedimentos se acumularam ao longo de milhões de anos ao longo da depressão na base das montanhas – Foto: Reprodução/Renas Koshnaw/ND
Para quem não sabe, o fenômeno ocorre em uma região que se estende do sudeste da Turquia até o noroeste do Irã. A pesquisa, publicada na revista Solid Earth, demonstra como os processos geológicos subterrâneos influenciam a formação da superfície do planeta.
Conforme o estudo, a placa oceânica se rompeu a partir de forças exercidas pelas Montanhas Zagros, na região do Curdistão iraquiano, o fenômeno moldou a crosta terrestre ao longo dos últimos 20 milhões de anos. Os pesquisadores descobriram que o peso dessas montanhas e a movimentação tectônica estão influenciando a formação de depressões profundas na superfície.
Uma placa oceânica se rompe e os continentes são impactados
Quando dois continentes se aproximam ao longo de milhões de anos, o fundo oceânico entre eles é empurrado para o interior da Terra. Com isso, os continentes colidem, elevando maciços rochosos que formam cadeias de montanhas.
![Placa oceânicas Imagem de mapa das placas oceânicas](https://static.ndmais.com.br/2025/02/placa-oceanica-se-rompe-800x420.jpg)
Mapa do norte do Oriente Médio mostrando as placas árabe e eurasiana e sua zona de colisão, bem como a área de estudo, a região do Curdistão do Iraque – Foto: Reprodução/Renas Koshnaw/ND
Esse processo também gera uma flexão na superfície terrestre ao redor das montanhas, criando depressões que acumulam sedimentos ao longo do tempo, como ocorre na planície da Mesopotâmia.
A pesquisa combinou modelagens geodinâmicas para calcular a topografia da região e explicou por que certas áreas apresentam depressões mais profundas do que o esperado. No segmento sudeste da região estudada, a depressão atingiu profundidades de 3 a 4 quilômetros, algo que não poderia ser explicado apenas pelo peso das Montanhas Zagros.
Segundo Renas Koshnaw, pesquisador da universidade alemã, uma placa oceânica se rompe após o afundamento da superfície, pois esse processo cria espaço para uma maior acumulação de sedimentos. O mesmo fenômeno está relacionado à placa oceânica ainda conectada à Placa Árabe, que continua puxando a região para baixo em direção à Turquia. Nessa área, a placa já se rompeu devido à profundidade da depressão.
![Montanha Zagros Montanha Zagros com rochas pontudas e vegetação ao redor e céu claro](https://static.ndmais.com.br/2025/02/placa-oceanica-se-rompe-2-800x420.jpg)
Uma placa oceânica se rompe após o afundamento da superfície, pois esse processo cria espaço para uma maior acumulação de sedimentos – Foto: Canva/ND