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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS), através da Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudações (DRCID), com apoio operacional da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte, prendeu um suspeito de ter fraudado documentos para adquirir uma herança indevida.
As investigações da operação “Falsus Heres III” apontaram a existência de um esquema golpista envolvendo um falso herdeiro, residente do Nordeste, para adquirir ilegalmente uma herança de R$ 9 milhões deixada por uma mulher, que morreu em Pelotas (RS) em julho de 2020, aos 84 anos.
Os dois suspeitos são investigados pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa. A polícia procura saber se houve participação de outras pessoas.
Descoberta da fraude
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Segundo a PCRS, o caso chegou à DRCID no início de fevereiro após os sobrinhos da idosa registrarem uma ocorrência. A partir disso, foi constatado que os suspeitos fraudaram documentos públicos e particulares para receber a herança da moradora de Pelotas.
A Polícia Civil cumpriu mandados de prisão temporária, dois mandados de busca e apreensão, ordens judiciais de bloqueio de contas e sequestro de imóveis nas cidades de Natal/RN e Pelotas/RS. Até o momento, um dos suspeitos, morador da cidade de Natal, foi preso, sendo apreendidos documentos e aparelhos celulares, de acordo com os agentes.
Investigação
Durante as investigações, a polícia descobriu que um dos suspeitos teria se habilitado como herdeiro através processo judicial, apresentando ao Banco Banrisul uma documentação que supostamente comprovaria o parentesco com a falecida.
Segundo a Polícia Civil, a idosa não tinha vínculo com o Rio Grande do Norte. Ainda assim, um homem, atualmente com 55 anos, se apresentou na Justiça como irmão por parte de pai. Isso levantou a desconfiança dos sobrinhos da mulher, que seriam os verdadeiros herdeiros e desconheciam a existência desse familiar. Eles descobriram a situação ao dar início à documentação do inventário da tia.
Segundo a delegacia, o homem conseguiu registrar uma certidão de nascimento num cartório no interior do Rio Grande do Norte, em 2021, alegando que a via original havia sido deteriorada. A forma como se deu esse registro ainda é averiguada.