A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), através da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, prendeu um homem, de 18 anos, acusado de ter matado um outro, de 20 anos, no dia 2 de novembro, por briga entre facções criminosas e pelo controle de tráfico na região.
Nesta quarta-feira (5), a PCES convocou uma coletiva de imprensa para apresentar a prisão do suspeito. O homicídio aconteceu por volta das 03h07 da madrugada, próximo à uma distribuidora de bebidas, que estava movimentada. Além da vítima que morreu, outras duas pessoas ficaram feridas.
No dia do crime, a PM foi acionada e constatou o óbito de Caio Borges, com várias perfurações pelo corpo. O jovem já possuía passagens pela polícia e histórico de envolvimento com o tráfico.
Câmeras registraram o crime
O crime foi registrado por imagens de segurança, que mostra dois criminosos em uma moto chegando à uma área movimentada, na parte de noite, e efetuando os disparos. Outra câmera de segurança, tampada parcialmente por folhas de árvores, capturou o momento em que a vítima cai no chão e o assassino efetua mais disparos à queima-roupa. Assista:
Alan Carlos de Souza Elias, conhecido como “Sombra”, apontado como o autor do crime, havia sido preso no dia 8 de dezembro, em Divinópolis, município de Serra (ES), por suspeita de outro assassinato ocorrido em 2023. Segundo as investigações, o jovem de 18 anos integra a facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP).
Áudios divulgados pela Polícia Civil, obtidos pelo iG, mostram que o assassinato de Caio Borges Fanchiotti, conhecido como “Menor Caio”, foi registrada em áudio pelo executor, e que o ele confessou o crime.
Execução gravada em áudio
Em determinados momentos de uma gravação, é possível ouvir o som da moto em que os criminosos estão, à caminho do crime, articulando como será a emboscada. Depois, os sons de disparos e gritos exaltando a facção TCP são ouvidos, além de xingamentos supostamente direcionados à vítima.
Em outros dois áudios obtidos pela PCES, Alan Carlos conta ser o autor dos disparos: “Levei a arma mesmo, claro que levei. Quem trocou com o ‘menor’ caiu ‘cara a cara’, frente a frente, ‘mano a mano’. E quem trocou com o outro que tava com a 380 [revólver] junto com ele? Quem trocou mano a mano com ele? Que alcançou o parceiro? Fui eu, pô.
No segundo áudio, o criminoso reitera o objetivo da ação: “Eu fui pra matar o cara, tá ligado, mano? Executei o cara, peguei a pistola do cara ainda”. Ele continua, contando que trocou a arma do homem assassinado com outras pessoas.