Em três dias, Sistema Alto Tietê tem mais da metade da chuva esperada para fevereiro


Reservatórios responsáveis pelo abastecimento da região acumulavam 100,4 milímetros de chuva no mês até esta segunda-feira (3), segundo dados da Sabesp. Devido às fortes chuvas desde a sexta-feira (31), alagamentos e deslizamentos afetaram milhares de moradores da região. Parte do Sistema Alto Tietê, na barragem Jundiaí, em Mogi das Cruzes
José Antônio de Assis/TV Diário
Em apenas três dias, o Sistema Produtor Alto Tietê (Spat) registrou mais da metade da chuva esperada para todo o mês de fevereiro, de acordo com dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Nesta segunda-feira (3), os reservatórios responsáveis pelo abastecimento das dez cidades da região acumulavam 100,4 milímetros de chuva. A expectativa de precipitação para o mês, segundo a média histórica, é de 176,6 milímetros.
Na comparação com os três primeiros dias do ano passado, quando choveu 27,2 milímetros, o volume de precipitação aumentou mais de três vezes neste ano. Ainda segundo a Sabesp, nesta segunda o Spat operava com 48,4% da capacidade operacional.
✅ Clique para seguir o canal do g1 Mogi das Cruzes e Suzano no WhatsApp
Desde a sexta-feira (31), cidades do Alto Tietê registram estragos provocados pelas fortes chuvas nos últimos dias. Segundo as prefeituras, ao menos 1,2 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas na região.
Em Poá, moradores foram alertados pela Defesa Civil que imóveis dos bairros Jardim São José e Jardim Nova Poá correm risco de desabamento, segundo a prefeitura. Cerca de 100 pessoas foram orientadas a deixar a casa, mas, segundo a prefeitura, nenhuma delas foi para o abrigo montado pela administração municipal.
No sábado, um ônibus ficou na água na região central de Poá
Divulgação
Já em Suzano, no Jardim Maitê, em Suzano, ruas ficaram completamente alagadas após os temporais. A prefeitura informou que 17 pessoas estão no abrigo temporário montado no prédio do antigo Restaurante Popular, onde são oferecidos local para dormir, banho, alimentação e atividades para as crianças.
A chuva também causou o transbordamento de rios e córregos, como o rio Guaió, também em Suzano, e o córrego Itaim, que corta Poá.
LEIA MAIS:
Ao menos 1,2 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas no Alto Tietê; veja como ajudar
Cidades do Alto Tietê têm ao menos 390 áreas de risco de alagamentos e deslizamentos, apontam prefeituras
Famílias ficam desabrigadas por causa da chuva e são levadas para abrigo provisório em Mogi das Cruzes
Poá tem famílias em áreas de risco por causa das chuvas e recorre ao governo do Estado
Itaquaquecetuba foi uma das dez cidades brasileiras com maior número de desastres naturais em 2023, segundo Cemaden
Chuva causa transbordamento de rios e córregos e alagamentos em casas no Alto Tietê
Parque Centenário será interditado totalmente a partir desta terça-feira
Em Mogi das Cruzes, casas nos bairros Vila Oropó e Jardim Santos Dumont foram atingidas por enchentes. A prefeitura informou que disponibilizou um alojamento temporário e doações repassadas pelo Fundo Social e equipe da Assistência Social.
Avenida Austrália, no Jardim Aeroporto I, foi tomada pela água
Arquivo pessoal/Vinicius Teodoro Silva
Por causa dos impactos da chuva, a Prefeitura de Itaquaquecetuba decretou estado de calamidade pública nesta segunda-feira. Na cidade, 95 pessoas estão desabrigadas e 1,1 mil estão desalojadas. Já o número de moradias afetadas pela chuva chegou a 2,5 mil. Os bairros mais afetados são Vila Japão, Vila Maria Augusta, Vila Sônia e Jardim Fiorelo. A prefeitura informou que oferece três abrigos para acolhimento das famílias.
Fortes chuvas causam prejuízos em cidades do Alto Tietê
Áreas de risco e ocorrências
Segundo levantamento com as prefeituras, há pelo menos 390 áreas de risco de alagamentos e deslizamentos em cidades do Alto Tietê.
Em 2023, Itaquaquecetuba, por exemplo, foi uma das dez cidades brasileiras com maior número de desastres naturais. De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), além de Itaquaquecetuba, outras quatro cidades da região são monitoradas pelo órgão: Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes e Poá. Esses municípios, segundo o Cemaden, integram a lista considerada prioritária pelo Governo Federal e contam com mapeamentos das áreas de riscos e pluviômetros para monitoramento das chuvas.
Centenas de pessoas estão desabrigadas por conta das chuvas no Alto Tietê
Assista a mais notícias sobre o Alto Tietê
Adicionar aos favoritos o Link permanente.

Os comentários estão desativados.