Após balsa encalhar, ponte sobre o Rio Caeté é reaberta com controle de fluxo no interior do Acre


Balsa do Dnit encalhou nesse sábado (25) e neste domingo (26) a ponte foi reaberta para passagem de veículos. Contudo, travessia é controlada pelas equipes do Dnit. Ponte sobre o Rio Caeté é reaberta com redução de passagem de veículos
A ponte sobre o Rio Caeté, na BR-364, em Sena Madureira, interior do Acre, precisou ser reaberta para passagem de veículos menos de 48 horas após a interdição. É que a balsa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) encalhou no sábado (25) e os motoristas ficaram sem acesso a rodovia.
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Por isso, o Dnit liberou o acesso à ponte neste domingo (26). A informação foi confirmada pelo superintendente do Dnit, Ricardo Araújo. “Por enquanto, estamos liberando um caminhão por vez e está dando certo. Estamos providenciando para voltar para a balsa e não haver mais o encalhamento”, explicou o superintendente.
O acesso à ponte foi interditado na sexta-feira (24). Com isso, a travessia no Rio Caeté passou a ser feita gratuitamente por balsa com capacidade de transportar todos os tipos de veículos.
Ainda segundo Araújo, após a passagem dos caminhões, os veículos pequenos são liberados para atravessarem a ponte. “O trânsito está liberado por cima da ponte, mas com mediação, em um estilo pare/siga. Estamos refazendo os estudos para ver os riscos”, resumiu.
O superintendente disse que a travessia dessa forma vai ser mantida até esta segunda-feira (27). A partir de terça (28), caminhões e carretas vão atravessar o rio pela balsa e os veículos menores seguem pela ponte.
A ponte foi condenada pelo Dnit após inspeções técnicas identificarem trincas e deslocamentos dos blocos de sustentação, causados pelo talude da margem do manancial. A queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os estados do Tocantins e do Maranhão, foi um alerta para o departamento no Acre.
No mesmo dia, um acidente entre embarcações tirou a vida de Raudiney Silva Coesta, de 26 anos. A canoa em que ele estava bateu na balsa do Dnit e ele morreu afogado.
Equipes do Dnit controlam passagem de veículos sobre a ponte do Rio Caeté
Arquivo/Dnit
Interdição
Ponte sobre o Rio Caeté segue em monitoramento em Sena Madureira
Sérgio Vale/asscom Fieac
A interdição estava programada para o último dia 18, mas foi adiada para testes com a balsa e novas avaliações. O acesso é importante porque liga os municípios de Sena Madureira e Manoel Urbano, indo até Feijó, Tarauacá, Cruzeiro do Sul e demais cidades do Vale do Juruá. Agora, o tempo de viagem para esses municípios deve aumentar em pelo menos uma hora.
Além da balsa, um pontilhão deve ser colocado nos dois lados do rio e está sendo estudada a possibilidade do Exército ceder uma ponte metálica para carros pequenos.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF-AC), cerca de mil veículos passavam pela estrutura diariamente. Com o baixo nível do rio, a travessia demora cerca de 3 minutos e meio, com os carros já estacionados. Quando o rio encher, esse percurso deve dobrar ou até triplicar o tempo de navegação.
A Portaria nº 136, de 8 de janeiro deste ano, destacou a nova movimentação no talude da margem do Rio Caeté, provocando pressão nos apoios da ponte. “Considerando o histórico e a situação atual, a ponte sobre o Rio Caeté pode comprometer a segurança no trânsito dos usuários que trafegam por esse trecho”, diz a publicação.
Ponte sobre o Rio Caeté, no interior do Acre, teve uma movimentação de 2,5 metros
Jardel Angelim/Rede Amazônica
O Dnit monitora a ponte com mais intensidade desde 2022, quando foi decretada a primeira situação de emergência no local. A partir de 2023, o departamento começou a chamar os técnicos para fazer um levantamento minucioso do que estava acontecendo nessa região.
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Entre setembro e novembro de 2024, a ponte andou 5 centímetros. Por esse motivo, não é possível que o reparo seja feito de forma paliativa.
O período mínimo para a construção da nova ponte deve ser de 18 meses e, segundo o Dnit, as obras devem começar em julho deste ano.
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