Câmara extingue mandato de Thiago Bally (PSDB) e convoca suplente para assumir cargo em São Sebastião, SP


Bally foi eleito em outubro do ano passado, com 1.173 votos, mas não tomou posse neste ano. Ele é suspeito de envolvimento em um assassinato ocorrido na cidade em abril de 2024. Professor Cardim (PSDB) deve assumir o cargo vago. Thiago Bally (PSDB), sétimo vereador mais votado nas eleições deste ano em São Sebastião.
Divulgação
A Câmara Municipal de São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, extinguiu, na manhã desta sexta-feira (24), o mandato do vereador eleito, Thiago Bally (PSDB), após ele não tomar posse na cidade. O 1º suplente foi convocado a assumir o cargo.
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O ato extinguindo o mandato de Bally foi publicado pelo presidente da Câmara, Edgar Celestino (Podemos), um dia após o prazo final para que ele fosse empossado como vereador na nova legislatura.
Após a extinção, o próprio presidente publicou um segundo ato, também nesta sexta, convocando o vereador suplente Luiz Carlos de Mello Cardim, o “Professor Cardim”, também do PSDB.
Thiago Bally está com prisão preventiva decretada desde o dia 30 de outubro do ano passado. Ele é suspeito de ter envolvimento em um homicídio que aconteceu em abril de 2024 na cidade.
Na ocasião, a juíza Gláucia Fernandes Paiva apontou que ele “compareceu no local dos fatos minutos antes do crime, tendo sido demonstrado desentendimentos pretéritos com a vítima”.
O crime pelo qual Thiago Bally é investigado aconteceu na tarde do dia 6 de abril de 2024, em uma chácara localizada na Rodovia Doutor Manoel Hipólito do Rêgo, na altura do bairro Juquehy.
Nas eleições de 2024, Thiago Bally foi o sétimo vereador mais votado, com 1.173 votos. Professor Cardim, que deve substituí-lo, ficou como suplente após receber 821 votos.
O g1 acionou a defesa de Thiago Bally e aguarda retorno. A reportagem será atualizada assim que o advogado se manifestar.
Imagem de arquivo – Câmara de São Sebastião
Divulgação/Câmara de SSB
O crime
A vítima do assassinato ocorrido em abril do ano passado é Victor Alexandre de Lima, de 22 anos. Segundo o relatório final de investigação da Polícia Civil, no dia do crime, Victor recebeu uma ligação e foi até o local denominado ‘Sítio Velho’.
No local, segundo o relatório, a vítima encontrou com Maiquel Douglas Pires Ferreira e negociava uma venda, quando foi atingido por dois disparos. Em depoimento para a polícia, Maiquel confessou que atirou contra Victor, mas alegou que agiu em legítima defesa. Maiquel teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça, durante o andamento das investigações.
No depoimento para a polícia, Thiago Bally disse que esteve no local do crime minutos antes, mas alegou que parou para ajudar um carro que estava com problemas mecânicos. Ele afirma que chamou ajuda para o rapaz do carro e foi embora, negando ter envolvimento no assassinato.
No entanto, de acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo, Thiago mandou Maiquel matar Victor, pois havia recebido informações de que o jovem sequestraria a filha dele.
Na decisão, a juíza cita que “há presença de indícios suficientes nos autos a indicar a imprescindibilidade da prisão preventiva e a insuficiência das medidas cautelares diversas da prisão no caso em concreto”.
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