Do esporte aos eventos: fotógrafas usam as próprias histórias como inspiração para capturar momentos


No Dia do Fotógrafo, celebrado nesta quarta-feira (8), duas profissionais de São José do Rio Preto (SP) falam sobre o amor à profissão e as diferentes descobertas. Conheça o trabalho de fotógrafas em São José do Rio Preto (SP)
Reprodução
Além de eternizar momentos, uma foto pode ser usada para relembrar lugares, pessoas e sensações que foram vividas no passado. Pensando nisso, no Dia do Fotógrafo, celebrado nesta quarta-feira (8), o g1 conta histórias de profissionais que usam as próprias trajetórias de vida como inspiração para capturar os mais variados registros.
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No universo da fotografia, existem diferentes ramificações, como fotojornalismo, moda, esporte e eventos. Em meio a tantas opções, Lorena Braguini, de 26 anos, moradora de São José do Rio Preto (SP) e graduada em tradução, decidiu que queria trabalhar na área em 2022. Antes disso, fez um curso livre para entender mais sobre as diferentes técnicas.
“Eu fiz faculdade de tradução na Unesp de Rio Preto e, depois de formada, não consegui trabalhar na área. Desde então, fiz um curso livre no fim de 2021, e entendi que poderia ser fotógrafa e me desenvolver nessa arte”, conta.
Um dos ensaios que Lorena, fotógrafa de Rio Preto (SP), fez com uma cliente em um rio
Lorena Braguini/Arquivo pessoal
Desde pequena, a fotografia já é algo importante para Lorena. Ela teve o primeiro contato com a arte por meio de uma câmera analógica. Na ocasião, foi incentivada pela tia, que já atuava na área.
“Minha tia sempre fotografou muito. Conforme fui crescendo, acabei ganhando uma Cybershot que ela não usava mais. Depois disso, a fotografia sempre teve uma importância na minha vida. Quando rolava alguma oportunidade, eu tirava foto de algo, mas nunca considerei seguir carreira”, explica.
Uma das fotos que Lorena, de Rio Preto (SP), fez da Anitta durante um evento
Lorena Braguini/Arquivo pessoal
Atualmente, a jovem tem como foco retratos de pessoas e já registrou grandes nomes da músicas, como as cantoras Anitta e Luiza Sonza.
“Durante a pandemia, eu passava bastante tempo no Instagram, e acabei conhecendo alguns trabalhos de fotógrafos de eventos e também de retratos, mas eu tinha um certo receio desse tipo de trabalho. Quando as aulas começaram, me encantei com a possibilidade de ‘criar’ algo meu. Foi daí que adotei meu lema: ‘gosto de transformar pessoas em arte’, revela.
Uma das fotos que Lorena, fotógrafa de Rio Preto (SP) tirou da Luísa Sonza durante um evento na cidade
Lorena Braguini/Arquivo pessoal
A fotógrafa revela que, dentre os profissionais do audiovisual, os homens ainda são maioria. Por isso, segundo ela, em muitas situações, as referências mais famosas são atribuídas a eles.
Mesmo assim, a jovem diz que não se arrepende das próprias escolhas e acredita que, aos poucos, essa realidade tem sido modificada.
“Para ser vista e valorizada nesse mercado do audiovisual, tem que ser muito melhor do que um homem. Eu que trabalho com evento e muitas vezes sou a única mulher em um grupo de cinco pessoas. Isso quando não são mais de dez. Por ser um meio onde a indicação pesa muito, eles sempre levam a vantagem no início da carreira”, desabafa.
Foto de ensaio que Lorena, fotógrafa de Rio Preto (SP), fez usando referências de pinturas renascentistas
Lorena Braguini/Arquivo pessoal
Atleta amadora e fotógrafa de esportes
A fotógrafa Raquel Martins, de 38 anos, moradora de São José do Rio Preto, trabalha na área há oito anos e, desde a infância, sempre teve contato com a arte. Quando pequena, foi influenciada pelo tio, que a deixava capturar algumas imagens.
Uma das fotos que Raquel, fotógrafa de Rio Preto (SP), tirou durante triatlhon
Raquel Martins/Arquivo pessoal
Em 2017, ela recebeu o primeiro convite para fotografar um evento esportivo durante um passeio ciclístico no estado do Paraná. Desde então, nunca mais parou.
“Sou uma atleta amadora e sempre estive nesse universo da corrida de rua e outros projetos de atletismo. A fotografia e a corrida sempre fizeram parte da minha vida. Por ser uma atleta amadora, percebi que consigo transmitir as emoções do atleta por meio das fotos”, conta.
Foto que Raquel, fotógrafa de Rio Preto (SP), fez durante os Jogos Abertos em 2024
Raquel Martins/Arquivo pessoal
Raquel também faz diferentes cliques em eventos de crossfit, partidas de vôlei, futebol, futsal, entre outros esportes. Ela lembra que foi em um evento de triatlhon que sentiu que estava seguindo a profissão correta.
“Foi no meu primeiro triatlhon que tive certeza de que estava no caminho certo. Desde os locais de fotografia, a composição e o estudo de luz, eu mudei muito as configurações da câmera por conta da posição do sol nesse dia. Foi aí que percebi que estava colhendo os resultados de estudos e pesquisas que havia feito, além da própria paixão pela fotografia”, revela.
Uma das fotos que Raquel, fotógrafa de Rio Preto (SP), tirou em triatlhon na região
Raquel Martins/Arquivo pessoal
Dia do Fotógrafo
O Dia do Fotografo é celebrado no país em 8 de janeiro, data em que o daguerreótipo, primeiro processo fotográfico a ser criado, foi trazido para o Brasil, no ano de 1840.
À época, o equipamento, que era inovador, foi dado como um presente para Dom Pedro II, segundo e último imperador brasileiro.
Desde então, milhares de pessoas se encantam e descobrem dons e talentos por meio das lentes.
*Colaborou sob supervisão de Henrique Souza
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