Em meio a surto de virose, Aquaman do Guarujá pede: “Cuidar melhor do nosso meio ambiente”

Gabriel Meira Pinto de Souza, o ‘Aquaman do Guarujá’Arquivo pessoal/ Gabriel Meira Pinto de Souza

Os surtos de virose que atingem o estado de São Paulo não estão poupando nem os super-heróis. Gabriel Meira Pinto de Souza, de 45 anos, conhecido como o “Aquaman do Guarujá”, sentiu-se mal com sintomas da doença e gastroenterite após participar de uma campanha de fotos no mar durante as festas de fim de ano.

Gabriel, que trabalha como cosplay do “Rei dos Mares” há três anos, relatou que enfrentou um desconforto estomacal devido à alimentação e que o problema foi resolvido sem necessidade de medicação ou atendimento médico.

“Foi um mal-estar no estômago, e um desconforto. Não consumi nenhum medicamento e já estou bem”, disse Gabriel, conhecido como o “Rei dos Mares”.

Ele também aproveitou a situação para enviar uma mensagem de conscientização à população, incentivando o cuidado com as praias e o meio ambiente.

“Trago essa mensagem dos meus amigos do mar, eles pedem socorro, portanto vamos nos unir com o povo da superfície e cuidar melhor do nosso meio ambiente. Todos unidos por um planeta saudável e melhor de se viver”, declarou à CNN.

Surto de virose

A Sabesp informou que o surto de virose registrado no litoral paulista não tem relação com as operações da empresa e que os sistemas de água e esgoto da Baixada Santista estão funcionando normalmente, com monitoramento contínuo. 

Nos últimos dias, Guarujá e Praia Grande têm registrado um aumento nos casos de doenças diarreicas, o que levou a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo a emitir orientações para a população.

A diretora da Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar, Alessandra Lucchesi, reforçou a importância da higiene das mãos e do cuidado com a procedência e a preparação dos alimentos.

“Diante do aumento das gastroenterites, a principal recomendação é reforçar a higienização das mãos, principalmente antes de se alimentar e antes de preparar qualquer tipo de alimento, e evitar alimentos mal cozidos. Se for fazer consumo de alimentação fora da residência, que esteja atento às questões de higiene do estabelecimento em questão”, alertou a diretora, em entrevista à Agência Brasil.

Alessandra destacou a necessidade de atenção à qualidade da água, gelo e sorvetes consumidos, recomendando o uso de água tratada e adequada à refrigeração dos alimentos. Em situações de alteração na água, a desinfecção com hipoclorito de sódio a 2,5% é aconselhada, com distribuição gratuita do produto nas UBSs.

“A partir disso, [a orientação é que] comecem a monitorar os territórios para que a gente possa entender quais são os bairros com a maior incidência de casos. E então, com todos os procedimentos que já são da rotina, fazer a notificação, a investigação e, quando aplicável, fazer a coleta de amostras de fezes, amostras de água ou até mesmo investigar uma possível fonte comum de contaminação que porventura possa ser algum alimento”, disse Alessandra Lucchesi.

Alessandra alertou ainda para a necessidade de monitorar os atendimentos por doenças diarreicas nas unidades de saúde e investigar possíveis fontes de contaminação. Ela reforçou a importância de evitar praias impróprias para banho, com orientação disponível no site da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que monitora a qualidade da água de 175 praias, das quais 38 estão atualmente impróprias.

“Essas medidas de precaução já auxiliam consideravelmente na interrupção da transmissão dessas doenças diarreicas e gastroenterite de modo geral”, concluiu Lucchesi.

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