Justiça Eleitoral suspende posse de prefeito e vice eleitos em Choró, no Ceará; presidente da câmara assume o cargo


Bebeto Queiroz (PSB) é investigado por envolvimento com organização criminosa. Paulo George Saraiva, o “Paulinho” (PSB), novo presidente da Câmara Municipal de Choró, foi empossado como prefeito interino. Bebeto Queiroz, prefeito eleito de Choró, teve a posse suspensa pela Justiça Eleitoral.
Redes sociais/Reprodução
Uma decisão da Justiça Eleitoral suspendeu a posse do prefeito eleito de Choró, no Ceará, Carlos Alberto Queiroz Pereira, conhecido como Bebeto Queiroz (PSB), e do vice-prefeito Bruno Jucá Bandeira (PRD) que estava prevista para ocorrer na manhã desta quarta-feira (1º).
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A decisão foi informada por um oficial de Justiça, que cumpriu determinação expedida pela 6ª Zona Eleitoral de Quixadá, durante a cerimônia de posse dos vereadores da cidade. Com isso, o vereador Paulo George Saraiva, o “Paulinho” (PSB), foi empossado como prefeito interino.
“Em virtude de decisão judicial que suspendeu a posse do prefeito e do vice-prefeito de Choró, eu convido a vice-presidente a tomar assento na presidência enquanto eu irei tomar posse como prefeito interino”, disse Paulinho durante a cerimônia, que foi transmitida nas redes sociais da Câmara Municipal de Choró.
Durante a cerimônia, Paulinho ainda leu um trecho do documento que suspendeu as posses de Bebeto Queiroz e Bruno Jucá.
“Assim sendo, acolho o pedido liminar do Ministério Público Eleitoral e suspendo a posse dos investigados Carlos Alberto Queiroz Pereira e Bruno Jucá Bandeira , candidatos eleitos e diplomados para os cargos de Prefeito e Vice-prefeito Municipal de Choró nas eleições municipais de 2024, a ser realizada no dia 1 de janeiro de 2025”, diz um trecho da decisão da 6ª Zona Eleitoral de Quixadá.
Atualmente, Bebeto Queiroz está com um mandado de prisão preventiva em aberto, decorrente de investigações contra ele, e é considerado foragido pela polícia.
Alvo de operações da PF e MP
Atual prefeito de Choró, Marcondes Jucá (à esquerda), e prefeito eleito da cidade, Bebeto Queiroz (à direita), foram alvos de mandados de prisão
Reprodução
Bebeto Queiroz foi alvo da Operação “Ad Manus”, deflagrada pelo Ministério Público do Ceará em novembro deste ano e da Operação ‘Vis Occulta’, realizada pela Polícia Federal (PF) no início de dezembro.
A operação do MP investigou a suspeita de fraude em contratos envolvendo o abastecimento de veículos da prefeitura do município, localizado a 180 quilômetros de Fortaleza.
Durante essa operação, Marcondes Jucá (PT), que era o atual prefeito, foi afastado do cargo e preso, juntamente com um servidor da Secretaria de Transportes.Também constava um mandado de prisão contra Bebeto, que chegou a ficar foragido, mas se entregou dias depois. Ele chegou a ficar dez dias detido, porém foi solto após expirar o prazo da prisão temporária.
Já a Operação ‘Vis Occulta’, teve o objetivo de desarticular um grupo criminoso estruturado e hierarquizado, responsável pela compra de votos e influência no pleito eleitoral em dezenas de municípios do Ceará, entre eles, Choró.
Durante as investigações, a polícia apurou o envolvimento de Bebeto e do vice com uma organização criminosa para o cometimento de crimes eleitorais e lavagem de dinheiro.
“O investigado Carlos Alberto Queiroz Pereira, eleito prefeito da cidade de Choró, encontra-se atualmente com uma mandado de prisão preventiva em aberto e não se apresentou até a presente data as autoridades”, afirma um trecho da decisão judicial.
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