Mais um corpo é resgatado após queda de ponte no Rio Tocantins


Segundo contagem do Corpo de Bombeiros, nove pessoas morreram e oito seguem desaparecidas Ponte que desabou ligava o Tocantins ao Maranhão
Reprodução
Mergulhadores retomaram as buscas no leito de um rio entre o Maranhão e o Tocantins. Quase uma semana depois do desabamento de uma ponte, 8 pessoas continuam desaparecidas.
As equipes de resgate passaram o dia fazendo buscas, ao mesmo tempo em que os técnicos do DNIT monitoravam a parte da ponte que ficou de pé.
Os sensores colocados nos pilares não indicam movimentação na estrutura, o que permitiu os trabalhos.
Mais cedo, os bombeiros que utilizam cilindros de oxigênio foram para a água. Depois, as equipes deslocaram uma balsa para a área onde passava o vão central. A balsa auxilia outro tipo de mergulho.
Nesse momento os mergulhadores da Marinha discutem o planejamento da operação, eles já se preparam para descer a 40 metros de profundidade no Rio Tocantins.
Os profissionais usam um capacete por onde recebem ar vindo da superfície. O equipamento permite que eles conversem com os militares.
Uma das prioridades é a busca pelos veículos que passavam na ponte na hora do desabamento.
“Nós estamos descendo com os mergulhadores de dependência que fazem mergulho exatamente para colocar alguns equipamentos. A gente coloca algumas boias, a gente chama de paraquedas os pontões para tentar fazer a movimentação desse veículo e retirar a vítima que está presa lá”, explica o Almirante Coelho Rangel, coordenador da operação.
“A gente segue agora na expectativa de encontrar um veículo S10 que está possivelmente com três corpos, e um veículo Voyage em que também possivelmente a gente acredita que estejam dois corpos”, conta o Tenente-Coronel Donaldo Lourinho, coordenador dos Bombeiros de Tocantins.
No fim da tarde de sábado (28), as famílias que aguardam os resgates se reuniram para fazer uma oração. Na sexta (27) à noite, os bombeiros encontraram um corpo que emergiu.
Era de Elizângela Santos das Chagas, de 50 anos. O marido dela, Ailson Gomes Carneiro, está entre os desaparecidos.
“Essa incerteza de não saber, de achar que todo dia a gente vai recuperar o nosso familiar para a gente poder de fato viver esse luto e virar essa página e seguir a vida, não acontece”, afirma Pablo Vinícius Carneiro, filho da vítima.
Elizângela já constava na lista de vítimas fatais. Por isso, a Marinha corrigiram a contagem.
Até as 19h de sábado (28), o número oficial de mortos era de nove. Oito pessoas seguiam desaparecidas.
As prefeituras de Estreito, no Maranhão e Aguiarnópolis no Tocantins declararam situação de emergência. Elas afirmam que, sem a ponte, a economia das duas cidades está parada.
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