Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo pelo MDB, assinou na sexta-feira (27) um decreto para romper contratos com as concessionárias de serviços de ônibus municipais Transwolff e UPBus. As empresas são investigadas por suposto envolvimento com o PCC.
A publicação está prevista para sair no Diário Oficial municipal durante o sábado (28)
Envolvimento de empresas de ônibus com PCC
O Ministério Público de São Paulo começou a investigação das duas empresas em abril de 2024 com a deflagração da Operação Fim da Linha. A suspeita é do envolvimento das empresas com o grupo criminoso PCC.
Durante a operação, os presidentes das duas empresas foram presos. Ubiratan Antonio da Cunha, da UPBus, estava em prisão domiciliar e foi preso novamente há uma semana.
As empresas apresentaram inconformidades financeiras e indícios de fraudes tributárias, e não conseguiram argumentar em apresentar dados de legalidade. Além disso, há problemas de infraestrutura, manutenção veicular e qualificação de questões financeiras.
Nunes encerra contrato
De acordo com o prefeito Ricardo Nunes, as duas empresas tiveram um prazo de 15 dias para provar que as irregularidades apontadas em consultoria particular da prefeitura não se aplicavam. Porém, o prefeito considerou que as respostas não foram suficientes.
Então, em novo decreto, as empresas têm outros 15 dias para apresentar defesas. Caso não cumpram de modo satisfatório nesse prazo, o contrato caduca e serão contratadas novas empresas.
O prefeito espera seguir com uma portaria com representantes da SPTrans, Secretaria da Fazenda, Procuradoria-Geral e Controladoria-Geral para autuações frequentes e contínuas nas empresas de transporte do município.