Borracheiro é suspeito de aplicar golpes com cartões clonados em banco digital no ES


Fraudes resultaram em um prejuízo estimado de R$ 300 mil para banco digital. Apenas o suspeito de 24 anos transferiu, aproximadamente, R$ 50 mil para conhecidos. Borracheiro é suspeito de aplicar golpes utilizando cartões clonados no Espírito Santo.
PCES
Um borracheiro de 24 anos é investigado por aplicar golpes com cartões de crédito clonados a um banco digital capixaba com atuação em todo o Brasil. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa do suspeito, em Domingos Martins, região Serrana do Espírito Santo, e em outros quatro endereços de pessoas que teriam recebido transferências indevidamente. Ninguém foi preso.
A investigação indica que o suspeito transferiu, aproximadamente, R$ 50 mil para contas de conhecidos. As informações foram divulgadas pela Polícia Civil (PC) nesta quinta-feira (26). Os nomes dos envolvidos e da instituição não foram divulgados.
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Investigações
Segundo a polícia, a investigação começou em novembro de 2023, após o banco digital denunciar fraudes envolvendo cartões de crédito clonados, resultando em um prejuízo estimado de R$ 300 mil.
O delegado titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos, Brenno Andrade, afirmou que os golpes ocorreram em diversos estados do país após uma vulnerabilidade no sistema de segurança da empresa.
Borracheiro é suspeito de aplicar golpes utilizando cartões clonados no Espírito Santo.
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Com a falha, os criminosos obtiveram dados de cartões de crédito e os cadastraram em contas que mantinham no banco digital.
A própria empresa, ao investigar a situação, descobriu na deep web – rede oculta na internet – que os dados estavam sendo comercializados de forma irregular e o golpe explicado.
“Usuários dessas contas cadastraram indevidamente os cartões de terceiros e realizaram transferências para outras contas bancárias. Na época, a empresa relatou um aumento significativo nesses cadastros, monitorado pelo sistema”, explicou o delegado.
Transferências para conhecidos
Ao todo, cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos no dia 19 de dezembro, sendo três em Domingos Martins, na Região Serrana do Espírito Santo, incluindo o do borracheiro, e dois em Vitória.
Ao ser ouvido pela Polícia Civil, o borracheiro admitiu a participação no crime e forneceu informações sobre outros membros da organização criminosa. Entre os suspeitos que receberam transferências, estão uma ex-namorada e um amigo.
“Para a namorada dele na época, foram R$ 28 mil. Ela falou em depoimento que apenas emprestou a conta, não sabia que era para fins criminosos e não perguntou para ele de onde estava recebendo esse valor. […] O amigo também foi ouvido, falou que emprestou a conta para transferência de quase R$ 3 mil, e também não fez questionamentos sobre o valor”, contou Andrade.
Após confessar o crime, o suspeito disse à Polícia Civil ter agido sob orientação de um mandante, que orientava sobre os valores das transferências e até pedia que a tela do celular fosse espalhada para acompanhar o processo. Entretanto, a polícia ainda vai investigar se essa possibilidade é verdadeira.
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Os investigados não foram presos, segundo a polícia, não cabia flagrante. O borracheiro possui passagem na Justiça por tráfico de drogas e poderá responder pelo crime de furto mediante fraude.
“Ele não foi preso porque a gente precisava primeiro saber se, de fato, era ele. Porque poderiam estar usando dados dele. E o principal para gente era apreender os dispositivos eletrônicos para conseguir comprovar após perícia, as transações”, explicou o delegado.
Investigações continuam
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), com apoio da Delegacia de Polícia (DP) de Domingos Martins.
As investigações continuam para identificar os mentores do esquema, responsáveis pelos golpes aplicados no Espírito Santo e em outros estados.
O delegado Brenno Andrade alertou para os riscos de emprestar contas bancárias.
“As pessoas precisam tomar cuidado ao emprestar contas bancárias para receber qualquer valor, mesmo que sejam pessoas próximas. Não é a primeira vez que isso ocorre. […] Caso seja proveniente de atividades ilícitas, o titular da conta pode ser responsabilizado criminalmente”, apontou.
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