Ney Latorraca nasceu em frente ao estádio do Santos FC e era apaixonado pelo time; veja


Ator e diretor santista morreu nesta quinta-feira (26) aos 80 anos. Ney Latorraca e Angélica visitaram Santos (SP)
Nirley Sena/Arquivo A Tribuna Santos
O ator e diretor Antonio Ney Latorraca nasceu em frente à Vila Belmiro, em Santos, no litoral de São Paulo. O artista revelou a paixão pelo clube santista em diversas ocasiões, inclusive na visita à Baixada Santista durante uma gravação do programa Estrelas, que era apresentado por Angélica (veja acima).
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Latorraca morreu nesta quinta-feira (26), no Rio de Janeiro. Ele estava internado desde o dia 20 de dezembro na Clínica São Vicente, por conta de um câncer de próstata e morreu em decorrência de uma sepse pulmonar. Ele deixou o marido Edi Botelho.
O artista tinha um quadro fixo no programa de Angélica chamado “Ney Lá, Ney Cá”, onde o ator fazia passeios acompanhado da apresentadora.
Em 2012, a dupla esteve em Santos e Latorraca participou da gravação com uma camiseta do Santos Futebol Clube.
“Sabe que eu nasci em frente ao Santos [estádio], na mesma casa que nasceu Mário Covas?”, questionou Latorraca logo no início do quadro, dizendo que nasceu na Rua Paissandu.
O ator andou no tradicional Bonde de Santos, foi ao Aquário Municipal e visitou a primeira escola pública de surfe do Brasil. Em determinado momento da conversa com Angélica, ele chegou a cantar parte do hino santista: “O Santos é o grande campeão”, enfatizou.
Em uma entrevista em homenagem ao centenário do clube, Latorraca contou que a casa em que nasceu tinha uma janela com visão para o campo da Vila Belmiro e revelou como torcia para o time.
“Quando o Santos está jogando, eu saio da sala, vou ao banheiro, faço umas rezas”, disse, à época.
Ney Latorraca visitou o Aquário de Santos acompanhado de Angélica
Nirley Sena/Arquivo A Tribuna Santos
O artista relembrou personagens que interpretou santistas e revelou o costume de verificar a classificação do time pelo jornal impresso. “Por instinto, eu abro o jornal, a primeira coisa que eu faço é ir direto na classificação do Santos”, afirmou.
“Até brinco que o Santos nem devia mais concorrer a nada porque já está acima de todos os times […] O Santos é minha família”, disse.
Calçada da fama
Ney Latorraca foi homenageado na calçada da fama do Cine Roxy, em Santos (SP)
Luiz Fernando Menezes/A Tribuna Jornal
Latorraca foi homenageado em sua cidade natal, Santos, em 2009, com uma estrela na calçada da fama do Cine Roxy, um dos cinemas de rua mais antigos do Brasil.
A homenagem a Latorraca em frente ao Cine Roxy, na Avenida Ana Costa, no bairro Gonzaga, aconteceu em 16 de setembro de 2009. À época, o ator falou: “É minha terra, estou feliz mesmo. Acho que hoje é o dia mais feliz da minha vida, mesmo”.
Ney Latorraca foi homenageado na calçada da fama do Cine Roxy, em Santos (SP)
Reprodução/TV Tribuna
A calçada da fama homenageia santistas ou pessoas que ganharam repercussão nacional e internacional.
Além de Ney Latorraca, os atores Nuno Leal Maia, Bete Mendes, Sergio Mamberti e Luciano Quirino também estão no local, bem como o crítico Rubens Ewald Filho, o maestro Gilberto Mendes, o jogador Neymar, os surfistas Cisco Araña e Picuruta Salazar, entre outros.
Estrela de Ney Latorraca no Cine Roxy, em Santos (SP)
Yasmin Braga/TV Tribuna
Carreira
O artista estreou na Globo em 1975 na novela “Escalada” e, ao longo da carreira, se destacou em novelas e programas humorísticos, como Quequé, em “Rabo de saia” (1984), o vampiro Vlad, em “Vamp” (1991) e Barbosa, em “TV Pirata”.
Ao todo, Ney Latorraca atuou em 18 novelas, seis minisséries e oito seriados da Rede Globo. Ele ainda tem no currículo 23 longa-metragens e 13 peças.
História
Ney Latorraca nasceu em Santos no dia 25 de julho de 1944. Era filho de artistas. O pai, Alfredo, era cantor e crooner de boates, e a mãe, Tomaza, corista.
Na infância, morou em São Paulo e no Rio de Janeiro, até voltar para Santos e prestar exame no Instituto de Educação Canadá, escola onde formou, com um grupo de amigos que lá estudavam, a banda Eldorado.
Pouco tempo depois, o ator participou da peça “Reportagem de um tempo mau”, com direção de Plínio Marcos, no Teatro Arena, em São Paulo. O trabalho não chegou a entrar em cartaz por ter sido censurado pelo governo militar – alguns atores da peça foram, inclusive, presos.
Sua estreia no teatro aconteceu em 1964, em uma peça de escola chamada “Pluft, o fantasminha”. Na época, ele tinha 19 anos. O sucesso fez com que a peça ganhasse fama fora dos muros do Instituto de Educação Canadá.
No ano de 1969, finalmente estreou na televisão em “Super plá”, na TV Tupi, e no cinema em “Audácia, a fúria dos trópicos”.
Em seguida, trabalhou na TV Cultura e na TV Record, antes de estrear de vez na Rede Globo em 1975, na novela “Escalada”, de Lauro César Muniz, cujo elenco contava ainda com Tarcísio Meira e Susana Vieira.
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