Energia solar se torna mais comum no sertão nordestino


Redução na conta de luz é apontada como principal fator da adoção das placas solares. Tribunal de Justiça de Alagoas prevê economia de R$ 4 milhões por ano. Placas solares no nordeste
Reprodução/TV Globo
Para diminuir os gastos com a conta de luz, empresas e órgãos públicos no Nordeste têm investido em uma fonte de energia alternativa.
A empresa em que Cleygeane trabalha instalou 192 placas ou painéis solares, que produzem energia para duas lojas. O valor da conta de luz despencou.
“A gente pagava antes R$ 7 mil, hoje a gente tá pagando R$ 400, R$ 500 por mês”, disse Cleygeane Pimentel, gerente de loja.
A estatal que administra os hospitais universitários no Brasil iniciou a instalação de placas em 50 unidades e espera economizar quase R$ 3 bilhões em 5 anos.
O Hospital Universitário de Maceió já conta com a energia fotovoltaica.
“Tudo que entra aqui nesse hospital é revertido para o nosso paciente, em conforto, em equipamento, em mobília. Então nós temos sempre essa necessidade de buscar reduzir custos para melhorar o serviço”, afirmou Célio Rodrigues, diretor-superintendente do hospital universitário.
Parques de geração de energia solar privados e públicos se espalham pelo semiárido nordestino.
Ela já representa 7,2% das fontes renováveis de energia do Brasil.
Nos próximos 5 anos, a geração fotovoltaica poderá se transformar na principal fonte de energia renovável em parte do planeta, superando a eólica e a hidroelétrica, segundo relatório recente da Agência Internacional de Energia.
Em lugares como esse o que não falta é luz solar o ano todo. Aqui nos cânions do rio São Francisco, o parque com 6 mil placas tem capacidade para gerar mais de 5.000 megawatts por ano, o equivalente ao consumo de uma cidade com 5.000 habitantes.
O Tribunal de Justiça de Alagoas investiu R$ 20 milhões na implantação do parque. A energia é lançada na rede de alta tensão da distribuidora e abastece 103 unidades do judiciário, que espera economizar R$ 4 milhões por ano.
“Devido a determinações do CNJ, onde o Poder Judiciário passasse a utilizar ações socioambientais para redução de custos operacionais, modernização do Poder Judiciário, então a gente começou a fazer um levantamento. Esses estudos indicaram que uma usina solar centralizada, ela teria um custo menor do que usinas solares distribuídas pelos prédios do Poder Judiciário”, comentou Rodrigo Evaristo de Oliveira e Silva, engenheiro eletricista do TJ de Alagoas.
Energia renovável faz bem ao meio ambiente e ao bolso.
“Vamos imaginar R$ 500 de energia todos os meses, e você paga aí R$ 15 mil nessa placa de energia solar. Ou seja: em 30 meses você já tem o pagamento dessa placa. Depois disso é só lucro”, conclui o economista Diego Farias.
Segundo o Tribunal de Justiça, o dinheiro economizado será usado em melhorias no atendimento à população, como a ampliação de fóruns e concursos públicos para aumentar o número de funcionários para acelerar as análises e julgamentos de processos.
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