Servidores da educação do AC deflagram greve contra redução de direitos da categoria

Movimento iniciou nesta quarta-feira (7) e tem como pauta principal o retorno de 10% da referência salarial que, segundo o Sinteac, começou a ser retirado em 2021. Greve na educação já afeta 30% das escolas de Rio Branco
Arquivo/Sinteac
Professores e servidores administrativos estão em greve no Acre contra redução nos direitos da categoria. O movimento iniciou nesta quarta-feira (7) e tem como pauta principal o retorno de 10% da referência salarial que, segundo a categoria, começou a ser retirado em 2021.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), todas as escolas da rede estadual em Brasiléia, Epitaciolândia e Porto Walter já aderiram ao movimento. Em Xapuri, Porto Acre e Bujari 50% dos colégios já suspenderam as aulas.
Na capital Rio Branco, a adesão está em 30%. Em Tarauacá, Sena Madureira, Acrelândia e Plácido de Castro a greve deve começar na segunda (12). Já nos colégios de Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves e Mâncio Lima os estudantes estão de férias, contudo, conforme o Sinteac, os servidores não devem voltar ao trabalho.
Não foram divulgadas informações sobre os colégios de Santa Rosa do Purus, Senador Guiomard, Marechal Thaumaturgo, Assis Brasil, Jordão, Capixaba, Manoel Urbano e Feijó.

“Tínhamos 10% na nossa tabela, o governo tirou 3% em 2021, o que deu uma perda enorme no salário. Quem está em final de carreira perdeu de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil e isso faz uma diferença enorme. Teve funcionário que perdeu de R$ 300 a R$ 2 mil. Temos outras pautas importantes que a gente vem negociando ao longo dos anos, mas o que é prioritário no momento é retorno da estrutura da nossa tabela”, disse que presidente do Sinteac, Rosana Nascimento.
A Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) divulgou uma nota sobre a greve e afirmou que desde fevereiro vem negociando com os três sindicatos ligados à Educação e apresentou o quadro demonstrativo de despesas.
É destacado também que o governo já concedeu reajustes de ‘33.25% em 2022 e em 2023 14.95% e mais 20.32%, tanto para os professores quanto para servidores do quadro administrativo.’ Confira a nota na íntegra abaixo.
“Fora deste cenário, a proposta, em atenção às reivindicações da categoria, é a de conceder, mais uma vez, a todos os trabalhadores da educação, a retomada da tabela em 3%, sendo 1% em outubro de 2024, 1% em outubro de 2025 e 1% em outubro de 2026”.
Ainda segundo a presidente do Sinteac, a categoria planeja uma manifestação em frente ao Palácio Rio Branco. “A gente tenta negociar com o governo, negociar e avançar na forma da proposta que o secretário está propondo”, finalizou.
Nota na íntegra da SEE:
O governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE), vem a público prestar os seguintes esclarecimentos sobre um indicativo de greve que está sendo noticiado nos meios de comunicação:
Desde fevereiro deste ano, sentamos na mesa de negociação com os três sindicatos ligados à Educação, quando foram apresentados o quadro demonstrativo de despesas, a lei orçamentária anual, os recursos disponíveis e os valores investidos na folha de pagamento.
Este governo foi o que garantiu os maiores reajustes da história da Educação: foram 33.25% em 2022 e em 2023 14.95% e mais 20.32%, tanto para os professores quanto para servidores do quadro administrativo.
Para garantir mais avanços é necessário que o Executivo saia do limite prudencial. Conforme os órgãos de controle, o Estado se encontra hoje em 47%, ou seja, acima do limite. Assim, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo fica vetado a conceder qualquer aumento neste momento.
Fora deste cenário, a proposta, em atenção às reivindicações da categoria, é a de conceder, mais uma vez, a todos os trabalhadores da educação, a retomada da tabela em 3%, sendo 1% em outubro de 2024, 1% em outubro de 2025 e 1% em outubro de 2026.
A equipe financeira do governo tem tratado o assunto com toda transparência, atenção e compromisso. E esse compromisso se estende também a nossos estudantes e suas famílias, vendo com preocupação uma paralisação neste momento, comprometendo o calendário escolar e, principalmente, a aprendizagem.
Aberson Carvalho
Secretário de Estado de Educação e Cultura
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