Raquel Violeta Fernandes, de 72 anos, coletava frutas no local com outras duas amigas quando se perdeu e, desde então, não mais foi vista. Idosa se perdeu em mata, em uma propriedade rural, em Taciba (SP)
Reprodução/Google
Nesta quarta-feira (27), as equipes iniciaram o terceiro dia de buscas pela idosa Raquel Violeta Fernandes, de 72 anos.
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O tenente Tenente Guilherme Minoru Hakamata explicou que as características da área dificultam os trabalhos.
“Pelas equipes que adentraram o local, tem, existem trilhas. Mas tem uma mata bem fechada de difícil acesso”, disse o oficial.
“A ocorrência de iniciou no dia 25 [de novembro], a partir das 11h, as vítimas adentraram [na mata]. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 16h do dia 25. Hoje, nós estamos no terceiro dia de buscas e boa parte da área já foi mapeada, apesar de ter uma área densa, fechada, a gente conseguiu plotar em alguns lugares onde já foram mapeados e, agora, nós estamos continuando a varredura nos pontos que ainda não foram observados”, completou o tenente Poli, também do Corpo de Bombeiros.
A dona de casa Edna Maria Bott, de 61 anos, que também acompanhava Raquel no momento do desaparecimento, descreveu com detalhes como foi o ocorrido na segunda-feira (25).
“A gente estava andando e achamos uma árvore bem grande caída no chão. A Raquel falou assim: ‘Vou subir em cima para ver o claridão, onde é a saída direito’. Ela subiu e, no que ela subiu, caiu, puxou o cipó e tinha um enxame de abelha. Atacou a gente, cada uma correu para um lado e dispersamos uma da outra. A Raquel respondeu duas vezes e não respondeu mais. E nós não iríamos voltar na abelha para sermos atacadas de novo. Então, o que nós fizemos? Tentamos sair do campo para procurar socorro. Nisso, nesse tempo, demorou duas horas para a gente chegar aqui, onde estava o carro”, detalhou Edna.
Ela também completou que espera que as equipes de busca encontrem a idosa.
“É desesperador, mas se Deus quiser, eu tenho fé em Deus, que vão encontrar ela. Que Deus mostre o lugar que ela esteja”, afirmou.
Outra pessoa que também estava no grupo era a aposentada Maria Josefina Alves, que disse que ficaram perdidas após o ataque das abelhas.
“Tivemos o ataque de abelhas, cada uma foi para um lado e ficamos perdidas. Eu e ela [Edna] fomos até que nos encontrando, e a outra, respondeu duas vezes e não respondeu mais”, contou.
Já a filha de Raquel, Francisleine de Oliveira, lembrou que a mãe tinha o hábito de ir pelo menos duas vezes por ano com as amigas até o local para coletar frutas.
“A situação continua igual a de ontem [terça-feira (26)]. Nenhuma novidade, foram feitas várias buscas, a pé, a cavalo, de um lado e de outro da mata e até agora nada. Então, não se achou detalhe nenhum e nem vestígio nenhum”, afirmou.
“Na verdade, para mim, ela não comentou nada. Mas era hábito dela com as amigas, pelo menos duas vezes ao ano, estarem vindo e colhendo esses frutos mais para efeito de passeio, de caminhada. E, infelizmente, ontem teve esse detalhe das abelhas estarem atacando e não sei se, talvez, tenha dado algum choque anafilático nela, porque é uma possibilidade grande. As outras duas conseguiram fugir e é isso, a gente está na expectativa”, relembrou.
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O caso
Segundo o Corpo de Bombeiros, três mulheres adultas estavam colhendo frutos quando repentinamente foram atacadas por um enxame de abelhas europa.
Até o momento, duas das mulheres, de 61 e 78 anos, já foram encontradas conscientes, receberam atendimento médico na Unidade Básica de Saúde do município e foram liberadas.
De acordo com a Prefeitura, uma das mulheres era de Taciba e as outras duas de Regente Feijó (SP).
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