Com maior incidência entre as mulheres, a candidíase é uma infecção provocada por fungos que também pode afetar os homens. Suas causas são variadas e além da região genital, ela pode se manifestar em outras regiões do corpo, como pele, boca e até mesmo circular pelo sangue.
O que é a candidíase?
Causada pelo fungo Candida albicans, a candidíase é classificada como uma infecção que pode acometer diferentes partes do corpo humano, como as regiões genitais, bucais, cutâneas e sanguíneas.
Esse tipo de enfermidade não é considerado grave e nem pode ser considerada uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível), já que pode ser transmitida de diferentes maneiras.
Contudo, seu tratamento requer cuidado, para controle da repetição da infecção e prevenção para que a candidíase não seja agravada no corpo do paciente.
O fungo causador da infecção já está presente no organismo humano, principalmente em áreas quentes e úmidas, como o aparelho digestivo e a região vaginal.
A aparição da candidíase está geralmente relacionada a mudanças no corpo, como a queda da imunidade, uso de antibióticos e anticoncepcionais, gravidez e diabetes, por exemplo.
Por tais características, as mulheres estão mais suscetíveis a desenvolverem a infecção ao longo da vida, contudo, ao encontrarem as condições ideias para se proliferarem, os fungos também podem desenvolver a enfermidade entre os homens.
Como se pega candidíase
As principais circunstâncias que favorecem o aparecimento da candidíase estão relacionadas às variações hormonais, principalmente entre as mulheres. Segundo estudos médicos, 75% das pessoas do gênero feminino terão ao menos um quadro da infecção ao longo da vida.
Sendo assim, a candidíase é relacionada ao uso de contraceptivos, corticoides, analgésicos, uso de tecidos que abafam a região genital, falta ou excesso de higiene e uso de roupas íntimas molhadas.
Mesmo não sendo considerada uma IST, a candidíase pode eventualmente ser transmitida pela relação sexual, caso ela seja feita sem proteção.
Entretanto, ela é predominante em quem possui um dos fatores de risco, como diabetes, obesidade ou em condição de imunossupressão, casos de pessoas com HIV, transplantadas ou sob tratamento quimioterápico.
Quais são os primeiros sintomas da candidíase
Os sinais da candidíase podem se manifestar em diversas partes do corpo, mas são mais comuns na região genital, tanto feminina quanto masculina. Os principais sintomas são:
- Coceira na vagina e no canal vaginal;
- Corrimento branco e espesso;
- Ardor local e para urinar;
- Dor durante as relações sexuais;
- Pequenas manchas vermelhas no pênis;
- Manchas brancas na língua, garganta e outras áreas da boca;
- Odor desagradável;
- Dor e dificuldade para engolir.
Como é feito o diagnóstico da candidíase
Uma vez que os principais sintomas da candidíase são visíveis a olho nu, a infecção pode ser diagnosticada em consultas médicas. Ginecologistas, urologistas e dermatologistas são os profissionais mais recomendados para oferecer o parecer clínico.
Em casos esporádicos, onde as lesões possuem características diferentes ou não respondem ao tratamento, são solicitados exames de laboratório para a análise da infecção, coletando amostras das feridas e da pele da região afetada.
Quais são os principais tipos de candidíase?
Embora a candidíase genital seja a mais comum, a infecção pode aparecer em outras áreas do corpo humano. Cada qual tem suas características específicas, portanto, devem ser tratadas isoladamente.
Candidíase genital
Esse tipo de infecção ocorre nas regiões íntimas do paciente, como a vagina e o pênis. Ocorre pelo aumento desenfreado do fungo Candida.
Seus principais sintomas são a coceira excessiva, inchaço e vermelhidão nos órgãos genitais, manchas avermelhadas e corrimento branco, similar a coalhada, no caso das mulheres.
Candidíase de repetição
Esse tipo é caracterizado pela ocorrência de quatro ou mais episódios por ano no paciente. Entre as causas da recorrência está a diabetes, sistema imunológico em baixa ou deficiência de ferro.
Candidíase oral
Chamada também de candidíase na boca, essa infecção é causada pelo fungo Candida albicans. Seus efeitos são a aparição de pequenas aftas, manchas brancas na língua, gargante e bochechas, o que causa dor ao engolir.
Candidíase na pele
Esse tipo de enfermidade dermatológica acontece pela proliferação de fungos que ficam em regiões quentes e úmidas, como o couro cabeludo, unhas e outras regiões externas da pele. Seus sintomas são inchaços, irritação e coceira nas regiões afetadas.
Candidíase sistêmica
Quadro mais grave da candidíase, é uma infecção invasiva do sangue ou de outros locais normalmente estéreis (por exemplo, líquidos pleural e peritoneal) causadas por espécies de Candida.
Tem sido diagnosticada com frequência crescente em Unidades de Terapia Intensiva, devido ao aumento do número de pacientes imunocomprometidos (transplantados, neutropênicos, diabéticos, HIV/Aids, entre outros) e aqueles com doenças crônicas.
Por ser interna, seus sintomas são um pouco mais confusos, variando de febre, fadiga, confusão mental, ansiedade, taquicardia, calafrios, hipotensão, entre outros.
Diferença entre candidíase e HPV
Por características comuns, como a área que atingem e serem infecções, a candidíase e HPV (Papilomavírus Humano) podem ser confundidas. Mas ambas são condições de saúde distintas, cada qual com seus sintomas e tratamentos.
A principal diferença é que o vírus HPV é transmitido por relações sexuais e não apresenta sinais visíveis em um primeiro momento.
No caso da aparição de sintomas, surgem verrugas genitais, que podem variar de tamanho e possuem um desenho similar a uma couve-flor.
Enquanto a candidíase possui um tratamento oral e rápido em sua maioria, o HPV pode ocasionar lesões pré-cancerosas e câncer no colo do útero, ânus, vagina e pênis.
O Papilomavírus Humano não possui cura e seu tratamento consiste na remoção de verrugas e na prevenção do câncer.
Tratamento e prevenção da candidíase
Os cuidados para curar a candidíase são relativamente simples e orais, por meio da aplicação de pomadas antifúngicas, comprimidos e por meio de óvulos vaginais, parecidos com supositórios e são aplicados pela própria paciente, com prescrição médica, dentro do canal vaginal, onde se dissolvem a outros fluidos, tratando a infecção local.
Os hábitos alimentares são essenciais para a prevenção da doença, pois um cardápio equilibrado é capaz de restaurar o sistema imunológico, deixando o corpo mais fortalecido para combater a infecção.
Para evitar a aparição da candidíase, é importante tomar antibióticos apenas com recomendação médica, manter a região íntima limpa e seca, usar roupas íntimas de algodão ou tecidos que ajudam a ventilação da pele e evitar usar sabonete íntimos perfumados, pois eles diminuem a defesa natural do corpo.